A relação entre torcida e time no Palmeiras sempre foi de amor e ódio nos últimos anos. Rebaixado duas vezes em um período de 10 anos e ameaçado do terceiro descenso, o Verdão teve durante todo o campeonato o apoio constante da torcida, que lotou o Pacaembu em várias situações e sempre guardou as vaias para o fim da partida.

Na estreia da nova casa não foi diferente, os 35.939 palmeirenses que foram ver o novo Palestra Itália, agora Allianz Parque, não ficaram nem um pouco contente com a atuação decepcionante da equipe, que perdeu por 2 a 0 para o Sport e voltou a ser ameaçada pelo fantasma do rebaixamento.

Ao apito final, os torcedores entoaram um canto de "Vergonha, time sem vergonha" e "Não é mole, não, essa vergonha pra torcida do Verdão", para os jogadores, seguidos de um sonoro "Olêlê, olálá, se cair para a Série B se prepara para apanhar", ameaçando os atletas. Em 2012, quando o Palmeiras foi rebaixado, ficou famoso o caso de João Victor, então volante do clube, apanhando de membros de uma torcida organizada numa loja oficial.

Depois de direcionar os xingamentos ao campo de jogo, a torcida se voltou a diretoria, principalmente ao presidente Paulo Nobre. "Ei você ai, esquece meu Palmeiras e volta pro rally", referindo-se ao antigo hobby do empresário, que era piloto de corrida. Apesar da alta rejeição por parte da torcida, Nobre lidera pesquisas internas entre sócios para se reeleger no cargo, as eleições, diretas pela primeira vez na história, ocorrem ainda nesse mês.

O próximo compromisso alviverde é contra o Coritiba, rival direto na briga para se afastar do Z4. Jogando fora de casa, a vitória é essencial para não complicar ainda mais a situação do time, já que depois a equipe enfrenta o Internacional no Beira-Rio, depois volta para casa onde encerra o campeonato contra o Atlético-PR.