Não foi só o Internacional que saiu reclamando após o duelo vencido por 3 a 2 pelo Palmeiras, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Pelo lado Palestrino, o técnico Marcelo Oliveira criticou a arbitragem de Wilton Pereira Sampaio após o cotejo, especificamente no lance que originou o primeiro gol Colorado.

Na jogada em questão, Lucas dividiu com Anderson, que levantou o pé, ganhou a disputa e avançou em direção à meta, mandando para o fundo das redes. O gol animou ainda mais os gaúchos, que vieram a empatar pouco antes de tomar o terceiro gol.

 “Se a Copa do Brasil tem a questão do gol com tanto valor e tão perigoso para as equipes, quando você leva um gol em um erro de arbitragem, em que o rapaz levou o pé no rosto do Lucas, isso faz uma diferença imensa. Deu um gás terrível para o Internacional. Acredito que todos vocês (jornalistas) e todas as pessoas pensaram da mesma forma. Foi pé alto, ao menos um jogo perigoso. Ali fez uma diferença grande”, frisou Oliveira.

Quanto ao pênalti assinalado a favor do Palmeiras (cometido por Alex em cima de Lucas, que resultou no segundo gol dos paulistas), porém, o treinador não foi incisivo da mesma maneira, afirmando que precisa ver o lance novamente para formar sua opinião.

“O pênalti eu preciso ver novamente. Segundo o Lucas, ele escorregou, e o outro (Alex) escorregou, só que o outro foi quando ele iria levantar para pegar a bola. Temos de ver. Aconteceram muitos erros, mas no caso do Palmeiras, um que poderia ter mudado o rumo do jogo”, se esquivou.

Em relação ao jogo, o comandante Alviverde valorizou o triunfo e o fato de o time já estar entre as quatro primeiras em um torneio que começou com 80 clubes. Em seguida, Oliveira ponderou que a equipe errou muitos passes quando tinha o placar de 2 a 0 a seu favor.

“Nós temos de exaltar uma vitória. Essa competição começou com 80 equipes e só tem quatro. E o Palmeiras está lá. Não podemos depois de uma vitória de tanto sacrifício e esforço estar buscando só coisa negativa. As questões que podem melhorar vamos fazer junto com os jogadores, internamente. É certo que ainda não temos uma constância de jogo. 2 a 0 no primeiro tempo, faltando 10 minutos, erramos muitos passes, coisa que não é normal e não deve acontecer”.

Em relação ao preparo físico, o treinador notou o cansaço das duas equipes, afirmando, em seguida, que promoveu apenas uma substituição por questões táticas. Concluindo, avaliou que o suado triunfo ajuda a fortalecer o grupo.

“As duas equipes cansaram muito hoje. Normalmente o técnico troca muito pelo aspecto físico. Você tem três substituições, quase sempre elas são por físico. Hoje só pudemos fazer uma por tático, que foi o Jesus, que estava perdendo a bola, não estava marcando tanto. O Zé, por exemplo, era provável que daria lugar ao Egídio, mas não pôde sair. Esse tipo de vitória serve para fortalecer e mostrar que temos um time de jogadores muito comprometidos. Mesmo com o resultado adverso, acreditamos que poderíamos buscar a vitória”.

Por fim, o técnico fez uma breve projeção do próximo adversário da Copa do Brasil, o Fluminense, que eliminou o Grêmio na Arena.

"O Fluminense certamente melhorou o seu jogo, não é fácil ir lá e empatar com o Grêmio e se classificar. Vamos preparar na hora certa. Tivemos uma boa vitória lá pelo Brasileiro, mas com um primeiro tempo que o Fluminense dominou e um segundo em que o Palmeiras mudou o jogo. Serão jogos muito equilibrados e difíceis também".