A Ponte Preta voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. Vindo de derrota para o Galo na rodada passada, a Macaca precisava desesperadamente dos três pontos frente ao Joinville para continuar lutando por vaga no G-4, já que mais cedo, um dos rivais na luta pela vaga, o São Paulo, despachou o Sport por 3 a 0. Para o Joinville, a vitória de 1 a 0 significou deixar de encostar no Avaí, que empatou com o Cruzeiro na Ressacada, no mesmo horário.

Com o triunfo frente aos catarinenses, a Ponte Preta chegou aos 50 pontos ganhos e segue com três a menos que o último no G-4, agora o São Paulo. Essa configuração pode se alterar amanhã, já que Santos e Internacional (ambos também com 50 pontos), além do Palmeiras (com 48 pontos), jogam e podem ultrapassar a Macaca.

Já para o vice lanterna Joinville, a situação é bem ruim. Parado nos trinta pontos, a equipe de PC Gusmão pode voltar a última colocação amanhã, caso o Vasco empate ou vença sua partida, que é contra o Fluminense, às 18h (de Brasília). Na luta contra o descenso, tudo pode ficar ainda pior, caso o haja um vencedor entre Coritiba e Figueirense, além do rival Goiás, que também não pode vencer para não “desgrudar” na pontuação.

Na próxima rodada, a Ponte Preta vai a Porto Alegre, onde enfrenta o Internacional. Um confronto de seis pontos, já que o Colorado também luta pela Libertadores. A partida está marcada para o próximo sábado (7), às 17 horas (de Brasília). O Joinville, por sua vez, volta para a sua cidade, onde enfrenta, no domingo (8), o Santos, às 18h (de Brasília), na Arena Joinville. O JEC não deverá ter facilidades, já que que o Peixe luta na parte de cima da tabela.

Primeiro tempo muito movimentado, equilibrado e com chances nos dois lados, mas sem gols

A obrigação da vitória por ambas as partes deixava claro, antes mesmo da bola rolar, que a partida seria franca. Com vaga na Libertadores desejada e Série B rejeitada, a luta que envolvia as pontas da classificação não daria margens a erros. Sabendo disso, os mandantes trataram logo de atacar. Aos 2 minutos, Rodinei foi ao fundo e cruzou para a área, na direção de Borges, mas o volante Naldo cortou a primeira do jogo. Na sequência, em escanteio na direção do gol, Agenor precisou se esticar para evitar o gol olímpico.

Os visitantes só ameaçaram aos 8 mas, como a gíria do futebol sugere, a natureza tratou de marcar Marcelinho Paraíba, que após a falha da marcação, dominou já dentro da área, mas escorregou, furando em sequência, em um lance bastante bizarro.

O volume de jogo proposto pela Ponte era infinitamente maior que o do Joinville. A bola não saia dos pés dos jogadores pontepretanos, a equipe rodava bem o jogo. Nesta altura do primeiro tempo, a impressão era de que o gol sairia a qualquer momento. Rodinei, o bom lateral direito à disposição de Felipe Moreira, era o caminho para o ataque alvinegro. Sempre muito veloz, o jogador ia ao fundo e, quando não cruzava na direção dos atacantes, cortava para o meio buscando algum jogador de meio campo para dar prosseguimento à jogada de forma bastante lúcida.

Por volta dos vinte minutos, um choque entre Guti, do Joinville e Felipe Azevedo, da Ponte, interrompeu a partida. O atendimento médico ao jogador alvinegro, que teve seu rosto ferido após um pontapé acidental do zagueiro adversário foi rápido, mas o suficiente para atrapalhar o ritmo da partida.

Trocando passes no meio e criando algumas chances, a equipe de Santa Catarina só não conseguia concluir a gol. O panorama seguiu até os 42 minutos, quando após escanteio, Diego chutou no canto, mas Lomba se esticou todo e buscou a bola. Um minuto depois, a blitz catarinense continuava. Agora foi Edigar Junio. O atacante cabeceou forte, no último lance de perigo na primeira etapa, mas na direção do goleiro, que só teve o trabalho de segurar a bola.

Gol da Ponte e minutos finais do Joinville salvam segundo tempo muito ruim

Logo no início, assim como na primeira etapa, a Ponte parte para cima. Aos 3 minutos, Rodinei cruza, mas Diego Oliveira desvia sem direção, tirando a bola do companheiro Borges, que vinha livre na segunda trave. Minutos depois, o ponto alto do segundo tempo. Novamente, Rodinei cruza, mas o zagueiro do Joinville, Guti, tenta cortar e manda contra, abrindo o placar no Lucarelli.

Após o gol, o jogo fica extremamente frio. Com muitos passes errados na meia cancha, além da falta de objetividade de ambas as equipes, a partida ganha contornos sonolentos a partir dos 15 minutos. Apenas aos 37 minutos a emoção volta ao campo. Após bola enfiada por Anselmo, Lucas Crispim invade a área e chuta, Lomba defende mas dá rebote. Na sequência, os jogadores do Joinville pediram pênalti em ítalo.

As jogadas tricolores se resumiam a levantamentos na área, e aos 47’, Fernando Viana tentou uma bicicleta dentro da área, a bola ficou no “bate-rebate” até que Ferron afastou para a entrada da área, nos pés de Anselmo, que ajeitou e chutou forte, mas para fora, mandando para longe a última chance da partida.