A segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série B reservou um duelo de duas equipes que vivem fases polêmicas: a Portuguesa, que, na prática, não participou na primeira rodada, recebeu o Santa Cruz no Estádio Canindé. Com boas chances para ambos os lados, paulistas e pernambucanos empataram em 1 a 1.

A Lusa, que foi rebaixada à segunda divisão de forma polêmica, foi à Joinville enfrentar o time da casa na primeira rodada, mas, por conta de uma liminar, disputou apenas 16 minutos de jogo e foi para o vestiário, de onde não mais voltou.

Já o Santa teve nesta semana um ataque de uma torcida organizada ao clube. Os “torcedores” protestavam pela má fase do clube, que culminou com saída do técnico Vica, duas eliminações, além da perda do terceiro lugar no Campeonato Pernambucano. A crise estava instaurada, as organizadas tocaram na ferida.

Agora, a Portuguesa vai até Bragança Paulista para fazer o clássico diante do Bragantino, no estádio Nabi Abi chedid, enquanto o Santa Cruz recebe o Paraná no Arruda. Ambos os jogos acontecem na próxima terça-feira (29).

No dia do goleiro, brilhou Tiago Cardoso

Os times começaram bastante cautelosos e se estudando; resultado: poucas chances de perigo no começo da partida. A Portuguesa, dona da casa, tentava se impor mas esbarrava na boa marcação aplicada pelo treinador Sérgio Guedes, que deu cara nova ao Santa Cruz, mesmo tendo chegado há menos de uma semana no clube.

Enquanto a Lusa tentava se manter, a primeira chance de perigo veio para a equipe adversária. Aos 17 minutos, Léo Gamalho recebeu passe de Carlos Alberto e finalizou para o gol, obrigando Gledson a fazer boa defesa para evitar a abertura do placar. A resposta veio com Vander, aos 24; o camisa 7 lusitano fez boa jogada pela esquerda e chutou com perigo, mas o arqueiro tricolor defendeu.

Nas bolas paradas, a Cobra Coral tentou assustar, mas faltava qualidade nas finalizações, principalmente nas cobranças de faltas. O Santa só não ficou atrás no placar graças ao seu goleiro. Régis fez boa jogada pela direita e cruzou para Felipe Nunes cabecear para o gol. Tiago Cardoso fez mais um de seus milagres.

Por outro lado, os tricolores não se entregaram e continuaram no ataque. Mas o nome do jogo era mesmo o camisa 1 da equipe visitante, que apareceu novamente aos 35. E o panorama da primeira etapa não foi alterado: a Portuguesa continuou levando perigo e Tiago Cardoso salvando o Santa Cruz.

Substitutos aparecem no segundo tempo

Na etapa final, o técnico Sérgio Guedes deixou seu time mais ofensivo: Raul saiu para a entrada de Flávio Caça-Rato. Carlos Alberto, um dos mais lúcidos em campo pelo tricolor, recebeu de Renatinho aos 9 minutos e pegou de primeira; a bola passou por cima da meta de Gledson. Seria um belo gol.

Em contra partida, a Lusa continuava levando perigo. Até que, aos 17 da segunda etapa, o volante Rudnei – que havia entrado no segundo tempo – aproveitou o rebote da defesa do Santa e mandou para os fundo das redes, para a festa lusitana no Canidé; 1 a 0. E o jogo era dos substitutos. Aos 23, Léo Gamalho escorou o cruzamento de Oziel e passou para Carlos Alberto, que acionou Caça-Rato. O atacante que substituiu Raul após o intervalo, teve tempo de dominar e bater para o gol, deixando tudo igual no placar.

Há 15 minutos do fim, a Portuguesa teve a grande chance de retomar a dianteira no placar. Gabriel Xavier rolou para Luan, livre para marcar. O atacante bateu com displicência e a bola foi por cima do gol. Descrença total dos torcedores paulistas na arquibancada. A Lusa ainda tentou algumas vezes, mas não obteve resultado. Um empate com gols justo para o que os times apresentaram no campo.

 

DB