Na noite desta sexta-feira (24), Portuguesa e Icasa fizeram um "jogo de seis pontos" na luta contra o rebaixamento na Série B 2014. Quem levou a melhor foi a equipe visitante, que venceu por 2 a 1, graças aos gols do zagueiro Naylhor e do meia Ivonaldo. Os donos da casa descontaram com o atacante Léo Costa, de pênalti. Todos os tentos foram anotados na primeira etapa.

Com o resultado, o Verdão do Cariri foi a 35 pontos e deixou a zona de rebaixamento, assumindo provisoriamente a 16ª colocação da Segundona. Agora, os cearenses torcem por uma derrota do Oeste - que soma os mesmos 35 pontos, mas tem uma vitória a menos - diante do Luverdense neste sábado (25) - as equipes se enfrentam às 21h de Brasília -, para permanecerem fora da faixa de descenso. Já a Lusa, estacionada nos 21 pontos, vê o inédito rebaixamento à Série C cada vez mais próximo.

O time paulista volta a campo na próxima terça-feira (28), às 19h30m de Brasília, contra o Oeste, fora de casa, em mais um confronto direto na briga para fugir da degola. A equipe de Juazeiro do Norte, por sua vez, retorna aos gramados no sábado (1), dia em que recebe o Náutico no Romeirão, às 17h20m, horário de Brasília.

Primeiro tempo eletrizante no Canindé

O Icasa construiu larga vantagem logo nos primeiros minutos de jogo. O goleiro Rafael Santos teve que começar os trabalhos quando o relógio apontava a marca de dois minutos. No lance seguinte, porém, o arqueiro não conseguiu evitar o gol do zagueiro Naylhor, que, após receber bola vinda de escanteio, abriu o placar.

Não demorou muito e o veio o segundo gol. Aos oito minutos, Ivonaldo tabelou com Érik, invadiu a área e tornou a situação dos anfitriões mais difícil.

Sem qualquer outra alternativa, a Portuguesa partiu para cima na base do abafa. Nas investidas no campo de ataque, destacava-se o meia Gabriel Xavier. Com 15 minutos jogados, ele sofreu pênalti de Mauri e reacendeu o otimismo da Lusa. Léo Costa converteu e diminuiu a distância para os icasianos no marcador. O sentimento da desconfiança deu lugar à esperança.

Após finalmente balançar as redes, o time da casa continuou pressionando, mas, ao mesmo tempo, cedia espaços à equipe adversária e tinha dificuldades para parar os contra-ataques do alviverde cearense. Mesmo com as chances criadas, ninguém mais foi capaz de balançar as redes.

Pretensões da Portuguesa são freadas pelas expulsões de André Astorga e Nerylon

Na volta para o segundo tempo, os rubro-verdes mantiveram a busca por um resultado mais agradável e pararam ora na forte marcação oponente, ora no goleiro Busatto. Felipe Nunes e Luan eram os atletas mais acionados e as jogadas eram basicamente feitas pelas laterais, para explorar as deficiências dos visitantes.

Todavia, os mandantes se depararam com situações desagradáveis no decorrer da etapa complementar: dois jogadores foram expulsos em um curto espaço de tempo. Aos 29 minutos, o zagueiro André Astorga, que já tinha cartão amarelo, colocou a mão na bola para cortar um passe no meio de campo e não escapou da segunda advertência. Três minutos mais tarde, Nerylon, outro jogador de defesa, se descontrolou, deu um tapa no rosto de Ivonaldo e foi punido com o cartão vermelho de forma direta.

Em desvantagem na contagem de gols e de jogadores em campo, a Portuguesa de Desportos não tinha outra alternativa fora se retrair em seu campo de defesa e apostar nos contragolpes para conquistar algum ponto milagroso. O Icasa, porém, não se preocupou em aumentar a vantagem no placar e apenas administrou o resultado, contribuindo para os gritos de "olé" de seus torcedores.

O público de 453 pagantes no Canindé é a prova viva do pesadelo que vive o clube paulista. Rebaixada à Série B devido à escalação irregular de um jogador, o meia Heverton, na última rodada do Brasileirão 2013 e bastante endividada, a Lusa agora se depara com o fantasma da queda para a Série C. Este medo já lhe atormentara outras vezes, mas agora parece não haver saída para vencê-lo. As chances de rebaixamento já chegam a 99%.

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