Em 1968, o Santos Futebol Clube entrava em campo pelo Paulistão. O adversário era o Botafogo de Riberão Preto e o palco daquela disputa era a Vila Belmiro. Falando em anos 60, se tratando do Santos só existe uma lembrança: Um esquadrão. Nomes, como Melgálvio, Carlos Alberto, Lima, o rei Pelé e claro Toninho Guerreiro estavam em campo naquela noite.

A partida era válida pela fase única do campeonato paulista, e o peixe vinha de derrota para o Corinthians. O Botafogo vinha embalado pela vitória contra Portuguesa de Desportos. Vinha, pois naquele fatídico dia time seria surpreendido por uma avalanche de gols e um em especial, um golaço. Toninho Guerreiro e o ponta Alexandre de Carvalho, o Kaneco participaram do lance memorável, que hoje completa 47 anos.

Pela ponta direita, Kaneco recebia a bola e na sua frente só um marcador, Carlucci era o nome da vitima. Com a bola presa entre os calcanhares, Kaneco aplicou a chamada “lambreta” – que anos mais tarde, Falcão no futsal se aperfeiçoou deste drible, deixando o adversário sem reação. Na sequência, o ponta, na linha de fundo cruza para Toninho Guerreiro a meia altura e o centro avante, quarto maior artilheiro do alvinegro praiano, finaliza de calcanhar.

O lance magistral fez parte da goleada por 5 a 1. Os 5.227 torcedores viram, naquela noite, outros três gols de Guerreiro, um gol de Pelé e outro de Negreiros.

Após aquela rodada, o Santos goleou a Portuguesa por 3 a 0 e o Botafogo-SP apenas empatou com o Guarani em 1 a 1. Ao final daquele campeonato, o Santos seria bicampeão paulista e esse gol ficará para sempre na memória dos torcedores santistas.