A primeira vitória do Santos fora de casa no Campeonato Brasileiro veio com uma ressalva: a queda de rendimento da equipe. Acima dos desfalques de Geuvânio e Gabriel, o técnico Dorival Júnior creditou à baixa produção ante o Cruzeiro ao apertado calendário do Peixe, que fechou o mês de agosto com oito jogos disputados.

Dorival reconheceu a má atuação dos seus comandados, mas valorizou os pontos somados: "realmente não fizemos um jogo tecnicamente bom. É natural que tenha sido muito disputado, brigado, mas tem o seu valor em razão do resultado alcançado".

"Senti a equipe bem desgastada em relação ao jogo do Corinthians. Ouvi muito isso após a partida. Mesmo assim fico feliz, porque o Cruzeiro é uma equipe que não está bem no campeonato, mas o que produziu não mostra isso. Foi um resutado diante de um adversário vibrante, que buscou a todo custo. E o Santos, mesmo sem fazer um grande jogo, conseguiu um resultado fundamental", concluiu.

Dando sequência às respostas, o treinador santista, que não pôde contar com dois jogadores que compõem o trio de ataque titular, discorreu sobre a opção de ir a campo com Neto Berola ao invés de Leandro.

"O Neto teve um problema, ficou quase uma semana parado. Já vinha de uma sequência maior, conhecia o elenco. O Leandro está em um período de adaptação e recuperação de um ano e pouco sem atuar. Vamos precisar ter uma paciência maior com ele". 

Em outro momento, Dorival confessou que tem notado uma evolução no seu time, que agora postula na 9º colocação, apenas quatro pontos distantes do G-4: "É o interesse em querer acertar, uma dignidade interna. Todos trabalham pelo Santos. A hierarquia é respeitada, mas todos falam e buscam os caminhos para o nosso entendimento correto para isso. Houve um progresso, uma evolução. Sinto uma equipe compacta e que pode surpreender o adversário", avaliou o técnico.

Apesar da boa fase vivida pelo clube, o comandante mostrou-se preocupado com a maratona de jogos que a equipe terá pela frente. Classificado na Copa do Brasil, o Alvinegro provavelmente terá uma sequência de dois cotejos por semana pela frente.

"Não digo só superação porque acho que duas alterações você tem por obrigação tentar corrigir e valorizar as peças que entram. Superação pela sequência absurda de jogos que temos enfrentado, e sem mudar peça nenhuma. Foi natural a postura que a equipe teve, enfrentando a situação e tendo um adversário complicado", criticou.

Por fim, o treinador voltou a citar a evolução da equipe e a enaltecer o resultado conquistado no Mineirão: "temos que valorizar o resultado alcançado. Isso mantém a evolução que a equipe vem tendo rodada a rodada. Recuperamos aquilo que foi deixado e a manutenção de uma posição".

Nono colocado no Nacional com 30 pontos somados, o Peixe volta a campo pela competição na próxima quinta-feira (03), quando recebe a Chapecoense, às 19h30 na Vila Belmiro. Antes da partida, na segunda-feira (31), a equipe do Litoral Paulista conhecerá o adversário das quartas-de-final da Copa do Brasil. O sorteio se dará às 12h30 (horário de Brasília).