A noite do Santos foi das melhores que a equipe teve durante o Campeonato Brasileiro. Já o Atlético-MG teve uma noite para ser esquecida por completo. Na Vila Belmiro, o Peixe goleou o Galo por 4 a 0, com gols de Gabriel, duas vezes, Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel, valendo pela 26ª rodada do Brasileirão.

O Santos poderia aparentar qualquer tipo de desmotivação após perder para a Ponte Preta no domingo por 3 a 1 e deixar cair uma invencibilidade de 13 jogos. No entanto, o Peixe aparentou mostrar uma força descomunal, capaz de reduzir o Atlético-MG a um adversário fácil, sem condições de fazer frente a equipe santista. O destaque maior foi para Gabriel, que marcou dois gols, mas contou com o dia iluminado de Lucas Lima, iluminado dentro de campo. 

Já o Atlético-MG contrariou totalmente seus críticos e torcedores que não esperavam tamanha passividade e pouco preparo para encarar uma equipe cheia bem entrosada. O Galo foi imperfeito, pouco inteligente e incapaz de criar algo novo, como fez nas primeiras rodadas do Brasileirão. As jogadas são as mesmas, dependência dos mesmos jogadores e a ausência da referência no ataque, já que Lucas Pratto parece ter caído nas garras da marcação adversária. O resultado foi o mais lógico que se poderia imaginar.

Na próxima rodada, o Santos vai até Itaquera encarar o Corinthians, na Arena Corinthians, domingo, às 11hs. No mesmo dia, o Atlético-MG buscará recuperação diante do Flamengo, no Independência, às 16hs.

Galo tenta, mas sucumbe ao bom futebol do Peixe

O Atlético-MG tentou iniciar melhor tomando a iniciativa do jogo, mas a lentidão e a troca de passes desordenada fez que com o Santos ganhasse corpo e espaço dentro de campo para construir suas jogadas. Neste momento, a velocidade deu o tom da partida, algo que o Galo não tinha em seus jogadores, totalmente sumidos durante a partida.

O jeito foi buscar os chutes de fora da área e no jogo aéreo, características que alguns jogadores detêm e com boa qualidade. Carlos perdeu uma ótima chance aos 12 minutos, e Patric, em tabela com Lucas Pratto quase marcou aos 15, chutando cruzado.

Já o Santos trocava passes com inteligência e objetividade. Comandado pelo meia Lucas Lima, as jogadas começaram a surgir com frequencia até que o primeiro gol aconteceu aos 37 minutos. Gabriel recebeu boa jogada e bateu sem qualquer possibilidade de defesa para o goleiro Victor.

Pouco depois, quase que o Peixe amplia com Ricardo Oliveira, artilheiro do campeonato, mas o camisa 1 atleticano estava atento. Até o final da partida, o Atlético parecia abatido em campo, sem lembrar alguns jogos do primeiro turno que levaram a ser líder do Campeonato Brasileiro por algumas rodadas.

Show santista e goleada sacramentada

No segundo tempo esperava-se um jogo mais igual, com o Atlético-MG mais ligado na partida, mas, não foi bem assim que as coisas aconteceram. O Santos parecia ainda mais veloz, potente, como um carro de Formula 1, e desta maneira, se o Peixe não fez o Galo comer poeira, pelo menos, grama, o time mineiro saboreou e com um gosto amargo. 

Aos nove minutos, quando o Atlético ensaiava uma pressão, o Santos não deu mole para a defesa do Galo que, desarrumada, deu espaço para Gabriel fazer o segundo gol do Santos. Logo em seguida, Levir Culpi sacou Carlos, apagado, e colocou Thiago Ribeiro, que pouco acrescentou. 

O Santos parecia não ter dó do Galo e fez o terceiro gol aos 25 minutos, contando com falha de Dátolo, Ricardo Oliveira fez boa trama com Lucas Lima e não teve dó do goleiro Victor. O treinador atleticano não teve outra alternativa, senão, mexer no time. O comandante sacou Luan e Giovanni Augusto, promovendo as entradas de Cárdenas e Dodô. Ambos tentaram alguma coisa, mas pouco produziram.

No final do jogo, o Santos jogou a última pá de cal do Atlético. Após troca de passes do inspirado ataque santista, o meia Marquinhos Gabriel teve tempo de limpar o lance e bater para fechar o placar na Vila Belmiro.