Inaugurado em junho de 2014 pela bagatela de R$ 50 milhões, o Museu Pelé não faz sucesso na cidade de Santos. Após grande sucesso no período da Copa do Mundo no ano passado, o equipamento não atrai o público e gera mais gasto do que lucro. Com a dificuldade financeira vivida pela atual administradora, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) AMA Brasil, o Santos Futebol Clube vai assumir a nova gestão.

Em uma reunião nesta segunda-feira (16), representantes do Santos e prefeitura se reuniram para discutir a troca no comando do museu. Modesto Roma, presidente do clube santista garantiu que o clube vai assumir o equipamento. Conforme o jornal A Tribuna, o personagem que dá tema ao local, Pelé, foi consultado e só aceita repassar o seu acervo para Santos Futebol Clube administrar.

“Há uma negociação muito avançada junto ao Santos. Estamos na fase de colocar (o acordo) no papel. Questões jurídicas e administrativas estão sendo avaliadas. Temos que preservar os direitos de imagem do próprio Pelé e, claro, definir os papéis de cada ator, inclusive do setor público (Prefeitura) e do novo parceiro, no caso o Santos”, disse Fábio Ferraz, Gestor de Turismo ao jornal A Tribuna.

Um dos maiores problemas do museu é o alto preço do ingresso, que custa R$ 18 reais o valor inteiro. O maior comparativo usado sobre o valor abusivo do preço é o cobrado no sucesso de público da capital, o Museu do Futebol, localizado no Pacaembu, que cobra apenas R$ 6 reais a entrada. A despesa mensal do museu até março era de R$ 164 mil, sendo que o mês em que o equipamento gerou mais receita foi em junho de 2014, com R$ 82,8 mil.

A nova gestão que será assumida pelo Santos, visa mudar completamente a forma de administração e se apoia no marketing do clube para trazer parceiros financeiros para o museu. A definição da troca, está prevista para ocorrer ainda nesta semana, antes do feriado da consciência negra, em 20 de novembro.

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