O meia Leonardo Cittadini praticamente virou volante na vitória do Santos contra o Audax neste domingo (10). Desde o começo do ano, o técnico Dorival Júnior tem feito o jogador treinar mais recuado para utilizá-lo nessa posição quando fosse necessário.  O resultado enfim apareceu. Mesmo em atuação mais à frente da zaga, o Menino da Vila se lançou ao ataque e fez o primeiro gol da partida, na Vila Belmiro.

A boa atuação do jogador rendeu elogios do técnico Dorival Júnior depois da partida, mas Léo Cittadini ainda acha que precisa evoluir para brigar por uma vaga no time titular. Ele foi titular neste domingo, pois Renato e Alison estão lesionados, e Thiago Maia estava suspenso. Léo, porém, acredita que a sequência de jogos será importante durante a temporada.

"Sempre tenho mais a evoluir, mas com a sequência as coisas podem acontecer melhor. Ano passado, joguei apenas seis jogos e nenhum em sequência. Isso é ruim para o jogador, apesar de qualquer oportunidade ser boa. Quando você ganha uma sequência, começa a pegar ritmo. Contra o São Paulo, senti cãibra. Hoje, fiquei cansado, mas foi diferente. A sequência também dá confiança, posicionamento melhor e as coisas começam a acontecer melhor, como hoje", disse.

Responsável pelo novo posicionamento de Léo Cittadini, Dorival explica que apesar de utiliza-lo como volante, não quer podar o meia de subidas ao ataque.

"Ele tem essa característica (de ir ao ataque). Não posso cortar isso. Ele é um meia de origem. Como volante, precisa ter uma preocupação maior, mas ele vai sempre ter tranquilidade para jogar e aparecer. Hoje em dia, essa conotação de volantes é muito relativa. Temos meias que criam, volantes que criam. O Léo foi para o ataque no momento certo, sentiu o espaço e fez o gol", afirmou o técnico.

E foi justamente Dorival Júnior que não liberou Léo Cittadini para negociar com o Chievo, da Itália, no começo do ano. Agora, o meia vê que tomou a decisão certa e agradece ao técnico pelas oportunidades e pela confiança.

"Só tenho a agradecer ao Dorival e a toda sua comissão. Ele confiou muito em mim. Conversava muito comigo. Eu recebi a proposta para ir para a Itália e tive uma conversa com o Dorival, que disse que eu tinha muito a evoluir, que ele contava comigo, que eu poderia ajudar. Acho que estou conseguindo meu espaço aos poucos. Ainda tenho muito a melhorar, aprender, mas aos poucos estou evoluindo muito", concluiu Citaddini.