Vinte e duas vezes Santos. E mais uma vez na Vila Belmiro, onde é muito difícil de o time ser batido. Após um empate no primeiro jogo em Osasco por 1 a 1 contra o Audax, a equipe da baixada fez valer a sua força jogando em casa e a tradição de ser um grande clube: venceu o jogo por 1 a 0 e sagrou-se bicampeão estadual.

Foi a oitava final consecutiva do Peixe e o segundo título consecutivo, com novamente a turma da Vila puxada pelo experiente Ricardo Oliveira. No ano passado, o Peixe bateu o Palmeiras na decisão do Paulistão.

Audax domina posse, Lucas Lima sente lesão, mas Santos sai na frente

Apesar de mais uma conquista seguida, quem acha que o jogo foi fácil se enganou. Afinal, o Audax já havia deixado dois grandes pelo caminho até chegar à decisão. Corinthians e São Paulo foram as vítimas.

De início, foi o que já se esperava. A proposta da equipe do Osasco de manter a posse de bola foi mantida. E foi uma posse de bola efetiva, criando chances e obrigando o Santos a se limitar a jogar à espera de uma bola para o contra ataque. O Audax tocava a bola no campo ofensivo e finalizava bastante à meta do goleiro Vanderlei com algum perigo. Chutes de longa distância foram uma arma durante a primeira etapa. Já o Santos preferiu não se desgastar correndo atrás do adversário e permaneceu apenas cercando as jogadas, á espera de uma roubada de bola para sair no contra ataque.

O jogo estava difícil e o Audax pressionando. E pareceu que ia piorar quando logo aos 25 minutos, Lucas Lima sentiu a lesão no tornozelo que o forçou a sair da primeira partida. O meia era dúvida para a partida decisiva. Iniciou o jogo,mas não aguentou. Paulinho teve de substituí-lo e, assim, abriu espaço para que outro menino da Vila pudesse se destacar. Depois da saída do camisa 20, o garoto Vitor Bueno acabou por chamar a responsabilidade e armar as jogadas do Peixe.

A equipe visitante seguia incomodando. Desta vez, foi Tchê Tchê quem assustou os jogadores e torcedores do Santos. Em grande jogada pelo lado esquerdo do ataque, ele cortou o defensor santista e chutou de canhota na trava. As boas jogadas seguiam dando confiança e a equipe do Audax chegou a ter 70% de posse de bola durante a primeira etapa.

Até que a máxima do futebol se fez, O Audax pressionava o Santos, porém não conseguiu seu gol. Em mais uma jogada de ataque, dessa vez, uma tentativa de tabela errada, Vitor Bueno apareceu para fazer a roubada de bola na entrada da área e ligar o contra ataque mortal. Lançou a bola para Ricardo Oliveira. O centroavante partiu pra cima do zagueiro Bruno Silva, colocou na frente e tocou na saída do goleiro Sidão para abrir o placar. Logo depois do gol, o juiz encerrou o primeiro tempo da decisão.

Pressão do Audax não surte efeito e título é do Peixe novamente

O segundo tempo não se iniciou de forma diferente. O Audax precisava de um gol para levar a decisao para os penaltis e, por isso, manteve a mesma forma de jogar. Continuou tocando a bola no campo de ataque. O Santos, porém, teve mais chances em contra ataques do que na primeira etapa.

A equipe de Osasco seguia com presença ofensiva, porém, sem incomodar o goleiro Vanderlei. O técnico Fernando Diniz tentou mudar a partida através das substituições, mas não surtiram efeito. O Audax ainda acertou a trave novamente, desta vez em cabeçada do atacante Ytalo, após cruzamento vindo da esquerda.

Apesar da pressão, o resultado não mudou. E foi o Santos quem mais se aproximou do segundo gol. Após boa jogada de Thiago Maia, Ronaldo Mendes perdeu um gol incrível sem goleiro, além de a arbitragem ter anulado anteriormente um gol legal do camaronês Joel.

Valeu mais a persistência e aceitação do Santos de jogar de uma forma diferente da que estava acostumado, aceitando a posse de bola do adversário. Valeu para chegar á vitória e conquitar mais um título do Paulistão.

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