Em mais de 20 anos de carreira, Rogério Ceni se acostumou a ser mais que um dos maiores nomes da história do São Paulo. Goleiro artilheiro e personagem principal de uma das maiores relações entre um jogador e um clube em toda a história, o jogador se acostumou a, principalmente nos últimos anos, quebrar recordes pessoais e entrar também para a história do futebol.

Na noite da última segunda-feira (27), foi a vez de mais uma marca ser quebrada: a vitória sobre o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, por 3 a 0, fez de Ceni o jogador com o maior número de vitórias por uma mesma equipe na história do futebol. O triunfo número 590 com a camisa do Tricolor, fez o Capitão ultrapassar Ryan Giggs, que venceu 589 partidas como jogador do Manchester United-ING.

Além de ser o maior goleiro artilheiro de todos os tempos, Rogério tem outros recordes que o fizeram entrar no Guiness Book: é o atleta com o maior número de jogos por um mesmo time, 1134 (nas contas do goleiro, 1174) e é também o jogador que mais vezes foi capitão por um clube: são 886 partidas vestindo a braçadeira de Capitão do Tricolor.

Ceni vê marcas como essas como uma consequência natural de quem está há tanto tempo em uma mesma casa: "Acredito que isso representa a continuidade de um trabalho. É natural, após mais de 20 anos por um clube, que algumas marcas apareçam. O difícil é, na verdade, ter se mantido em um mesmo clube por tanto tempo. Agradeço a Deus por ter me proporcionado tudo isso", comentou.

Além do aspecto individual, a vitória também foi muito importante coletivamente, já que fez o São Paulo se aproximar do líder Cruzeiro. A sete rodadas do fim e com cinco pontos de desvantagem, o capitão do vice-líder avaliou as chances da equipe: "O Cruzeiro tem dois jogos em casa e nós temos dois fora. Parece que não, mas é muito difícil tirar cinco pontos. Falo porque já vivi isso. Mas não podemos desistir nunca", entende Rogério.

O ídolo da torcida não esconde o seu grande objetivo: parar de jogar futebol erguento mais um troféu. Para isso, além do Brasileirão, ele ainda tem a Sul-Americana, onde o São Paulo joga nesta quinta (31), no Equador, contra o Emelec pelo primeiro jogo das quartas de final: "Estou parando e quero parar campeão", afirma.

Embora o título da Sul-Americana pareça mais fácil de ser conquistado, o goleiro não abandona a briga no Brasileirão e aponta a importância de lutar até o fim: "Nós não podemos abrir mão. Mesmo que não alcançemos o Cruzeiro, temos que vencer para conseguir uma vaga na Libertadores. Os times de 51 pontos para cima estão todos brigando", avaliou.