Como já era de se esperar, o São Paulo não terá vida fácil para avançar à final da Copa Sul-Americana. Na noite desta quarta-feira (19), jogando no Estádio Atanasio Giardot, em Medellin, os brasileiros tiveram muitas dificuldades contra os colombianos do Atlético Nacional, não jogaram bem e perderam por 1 a 0. O resultado, embora pudesse ter sido até mais favorável aos alviverdes, deixa a situação do Tricolor bem mais difícil.

Jogando contra um bom time e contra um estádio lotado, o São Paulo teve dificuldades em mostrar o seu melhor futebol. A marcação colombiana funcionou, ao contrário da brasileira, que abriu muitos espaços e deixou o time adversário em boas condições para marcar. Em uma pane geral na zaga são-paulina, o Atlético Nacional abriu o placar.

No fim da primeira etapa e no início do segundo tempo, o São Paulo viveu minutos de muito sofrimento, tendo que lidar com uma pressão do time adversário, que queria, é claro, ampliar a sua vantagem. Contando com uma grande atuação de Rogério Ceni, o Tricolor se segurou e até melhorou na metade final da segunda etapa. Conseguiu criar boas chances, assustou, mas não empatou.

Agora, o Atlético Nacional joga por uma derrota por um gol de diferença no jogo de volta, na próxima quarta (26), no Morumbi, para ir à final. A exceção é o 1 a 0, que leva a disputa para os pênaltis. Já o São Paulo, precisa vencer por dois gols de diferença para se classificar. No fim de semana, as duas equipes tem jogos importantes pelos campeonatos nacionais.

Já classificado para a Libertadores de 2015, os verdolagas enfrentam o Once Caldas, fora de casa, no sábado (22), pela terceira rodada do quadrangular semifinal do Clausura Colombiano, em que ocupa a segunda posição com três pontos. No domingo (23), o São Paulo visita o Santos na Vila Belmiro pela antepenúltima rodada do Brasileirão. Ainda brigando pelo título, o Tricolor pode se garantir no torneio continental com uma vitória.

São Paulo começa mal e sai atrás

O São Paulo até tentou mostrar a sua força ao Atlético Nacional. Aos seis minutos, o Tricolor engatou um bom ataque e Ganso bateu forte, exigindo boa defesa de Armani. A ofensividade do time brasileiro, porém, parou aí. Rapidamente, os colombianos conseguiram neutralizar o adversário, acertaram a marcação e o São Paulo parou.

Logo aos 10 minutos, Rogério Ceni já teve que parar uma cabeçada perigosa dos colombianos. Era apenas uma mostra do que estava por vir. Depois de não conseguir mais chegar ao ataque, o São Paulo passou a ficar mais tempo no campo de defesa do que no ataque. Os espaços lá atrás começavam a aparecer e, aos 25 minutos, em um raro contra-ataque bem armado, a arbitragem atrapalhou. Alan Kardec foi derrubado, fora da área, pelo goleiro adversário e o juiz nada marcou. o choque foi tão violento que o jogador foi substituído.

Aos 34 minutos, a zaga do São Paulo, que já não estava bem, parou de vez. Rogério Ceni saiu mal, Edson Silva desistiu da jogada no meio do caminho e Luíz Ruiz aproveitou para abrir o placar. Nos 10 minutos seguintes, os Verdolagas seguiram no ataque e Rogério Ceni teve que se desdobrar para evitar que a desvantagem ficasse ainda maior.

Tricolor suporta pressão, melhora, mas não consegue o empate

Os minutos iniciais da segunda etapa aconteceram no mesmo ritmo do primeiro tempo: com pressão total do Atlético Nacional. Na primeira metade da etapa final, o São Paulo se mostrou completamente perdido. Os colombianos viveram seu melhor momento no jogo, criaram muito e, apostando nos chutes de fora da área, ficaram muito perto do segundo gol.

Por vezes a trave, por outras Rogério Ceni. O São Paulo conseguia, na base da vontade, segurar um time muito superior em campo e que, na reta final da partida, cansou. O time da casa perdeu a ofensividade e o Tricolor encontrou espaços para se lançar ao ataque e tentar o empate. Usando principalmente da bola aérea, o time brasileiro chegou perto da grande área por várias oportunidades, mas falhou demais no jogo aéreo.

Melhor na segunda metade do segundo tempo, o São Paulo não chegou a finalizar com perigo, embora tenha dado trabalho para a zaga adversária, corroborando com a atuação bastante abaixo da média do time. Jogadores como Kaká e Paulo Henrique Ganso, fundamentais para o bom desempenho do time, não foram bem. Michel Bastos, importantíssimo nas jogadas pela linha de fundo, idem. Nos minutos finais, o Atlético Nacional voltou a atacar, mas o Tricolor se segurou e saiu com a desvantagem mínima. Um resultado ruim, mas que, pelo que foi o jogo, poderia ter sido pior.

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