Rogério decidiu o jogo para o São Paulo. Mas não foi Rogério Ceni, foi Rogério, o atacante que chegou há pouco mais de um mês no clube, mas já conquista seu espaço com o treinador e com a torcida.  Com o São Paulo insistindo muito na primeira etapa, Rogério teve papel importante com suas jogadas em velocidade e até marcou um gol, mas o auxiliar apontou impedimento equivocadamente. 

"Foi legal meu gol? Fazer o quê? Acontece, errar é humano, mas tem de ver isso bem para não prejudicar a equipe do São Paulo", ponderou o jogador na saída para o intervalo, ao ser informado que seu gol havia sido mal anulado.

No segundo tempo, porém, Rogério pôde ficar mais alegre. Atuando como centroavante e caindo mais pela ponta esquerda, onde mais gosta de jogar, o "Neymar do Nordeste", como é conhecido, ficou mais à vontade. Em uma partida onde o Tricolor pouco teve trocas sucessivas de passes, Rogério tentou várias vezes resolver com sua individualidade e chegou até a se envolver em outro lance polêmico, reclamando de pênalti não marcado.

Aos 26 minutos, no entanto, após a bola sobrar para ele depois de Paulo Henrique Ganso errar um voleio, o atacante chutou de primeira para fazer o gol solitário da noite: "No primeiro tempo, tentamos de todo jeito, mas faltou colocar a bola para dentro. Na segunda etapa, faltava um pé para tocar para o gol, e felizmente foi o meu (risos). Foi um resultado muito importante, porque estamos na briga por uma vaga na Libertadores da América do próximo ano", comemorou o artilheiro.

Já com o placar definido, aos 36 da etapa complementar, Rogério foi substituído pelo técnico Juan Carlos Osorio, que colocou o zagueiro Edson Silva em seu lugar. O atacante, que conquistou a confiança da torcida desde sua boa estreia contra o Internacional - jogo que também marcou gol, na ocasião o primeiro da vitória por 2 a 0 -, saiu aplaudido de pé pelas pouco mais de 11 mil pessoas que foram acompanhar a partida.