Nessa quinta (28) o São Paulo recebeu no Morumbi, o Toluca pela fase de oitavas de final da Copa Libertadores 2016. E em um jogo praticamente perfeito, o time brasileiro conseguiu vencer por 4 a 0 com gols de Michel Bastos, Centurión (duas vezes) e Thiago Mendes.

Com isso a equipe carrega uma grande vantagem pro jogo de volta, podendo perder até mesmo por três tentos de diferença na próxima semana. Já o Toluca só avança se conseguir um grande resultado e vencer por cinco gols de vantagem o rival, ou devolver o placar e levar para as penalidades.

Após o grande resultado, o técnico Edgardo Bauza falou sobre o grande desempenho da equipe, Paulo Henrique Ganso e outros fatores relacionados a peleja.

"Sim, obviamente fiquei muito satisfeito com a partida da equipe. O resultado também foi bom. Igualmente propusemos jogar 180 minutos, fizemos 90, ainda faltam 90 em Toluca, na altitude, onde conheço o técnico deles e vai fazer o possível para virar. Não festejemos muito porque nos faltam 90 minutos. Contente porque a equipe fez a melhor partida desde que começamos a trabalhar", afirmou.

"Como eu disse depois da partida anterior, vejo a equipe crescendo um pouco todos os dias. Está se transformando numa equipe séria, difícil para o rival, isso foi proposto para os atletas e eles interpretaram bem. Toluca quase não chutou a gol, não pôde porque a pressão foi constante, permanente, então saio muito satisfeito com isso. Acredito que o jogo em si saiu como planejamos", disse o treinador sobre o desempenho da equipe.

"É todo mérito do Ganso. O que eu propus é ser o líder da equipe. E que ele se proporia a voltar à Seleção, mas para isso teria que ter bom rendimento no São Paulo. Ele está fazendo isso, comprometido com o jogo, com a equipe, talento ele tem. Por isso digo que o mérito é todo dele. O que eu propus é que trabalhemos juntos e que ele se comprometa a ser o líder da equipe porque quando a bola passa por ele, clareia tudo", declarou.

"Ele vê coisas que outros não veem e faz coisas que outros não fazem. Sigo pensando que ele pode elevar seu nível. É um jogador que, pela característica que tem, pode jogar melhor", completou sobre o futebol do meia.

"Como eu dizia no início, a equipe no meu entender está melhorando algo em todas as partidas. Hoje eu vejo uma equipe sólida quando nos atacam, se equivoca pouco, tem poucos erros, e depois temos um controle de bola que transforma a equipe rival, ela tem que trabalhar muito para nos deter. Isso faz com que jogos como do River, hoje, pudéssemos ir à frente".

"Na Libertadores não se chega, as dificuldades serão cada vez maiores, em Toluca teremos 2.800 metros de altura, uma equipe muito forte em casa. Se queremos ficar entre os 8 melhores da América, teremos que correr muito. Vamos começar a trabalhar para conseguir".

"Quanto a Centurión, futebol tem essas coisas que são difíceis de encontrar explicação. Se tudo corresse como normal, era provável que Centurión ficasse fora do banco de reservas. Mas Kardec teve uma infecção intestinal há 48 horas, muito debilitado".

"Todos diziam que ele poderia jogar, mas quando se vê todos os dias os atletas, conhecemos vendo caminhar. E não vi o Kardec bem para começar. Esperei chegar aqui para dizer que ele não iria jogar porque eu não o via bem. Provavelmente entraria depois. Vi Centurión com muita gana no treino, rápido, intuitivo, são escolhas que às vezes saem bem, outras não, por sorte para o São Paulo saiu bem", explicou ele sobre as situações de Kardec e Centurión.

"Respeitam o São Paulo por sua história, jogar no Morumbi qualquer equipe respeita e sabe que não é fácil. Acredito que fizemos a melhor partida, levando em conta a importância do jogo, o rival que não é fácil, terminamos ganhando bem, mas não é um rival fácil. Levando em conta tudo isso, acredito que foi a melhor partida".

"Vejo Kelvin cada vez mais solto, a zaga central cada vez mais segura, então me dá a tranquilidade que eu os vejo bem. Mas a Libertadores é uma história diferente a cada partido. Eu já disse para não festejarem nada porque não ganhamos nada. Faltam 90 minutos e vamos lutar para conseguir a classificação".

"Não sei se favorito, mas este resultado põe o São Paulo na ilusão de vencer. Foi a melhor partida, vamos ver se poderemos manter porque na Libertadores cada partida é uma história diferente. Depende do rival, do local da partida, muitas situações. Há que ter muito cuidado. Se todos que estão aqui antes do jogo escrevessem o resultado, alguém poria 4 a 0?", falou ele sobre o possível favoritismo do Tricolor.

"Vamos ver, acredito que Denis seja o titular. Se nada se passar, seguramente vai voltar. É a mesma coisa que me perguntar se Calleri ficará fora depois dos gols do Centurión. Não ficará. O que me anima é que tanto Renan quanto Centurión fizeram essa partida. Minha premissa é sempre a mesma, os jogadores sabem: quem está melhor vai jogar, não há outra condição. Eu recebi críticas quando tirei o Ganso na Bolívia. Tirei porque estava convicto que seria melhor para a equipe. Falei que ele entraria no segundo tempo", sobre uma possível titularidade de Renan Ribeiro.

"Quando jogamos com o The Strongest em casa o nível futebolístico era outro. Faltava tempo, trabalho, dias, hoje a equipe tem uma identidade que a caracteriza, e o que vamos fazer é tratar de seguir crescendo como equipe. Eu me alegro por toda a torcida que veio nos apoiar, precisávamos dar a eles uma partida como a de hoje para que sigam nos apoiando aconteça o que acontecer, vamos tentar que a equipe volte a dar a eles partidas como essa".

"Não, em Libertadores não porque não queria levar um gol. Se eles fizessem um gol, mudaria toda a equação. Eu não desfruto. Amanhã eu vou ver de novo a partida e poderei desfrutar. Vou pegar mais detalhes, coisas pequenas, boas e más, aí sim seguramente vou desfrutar de algumas coisas, não somente dos gols. No primeiro tempo tivemos 14 jogadas pela esquerda e muitas quase terminaram em gols. Temos que melhorar para sermos mais efetivos. Amanhã vou desfrutar, mas hoje não posso", completou o treinador que disse não conseguir aproveitar o jogo com a partida em andamento.

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Sobre o autor
Ronaldo  Bento
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