Como já vinha fazendo durante os últimos dias, ganhando até mesmo apoio dos jogadores no coro de que precisará de reforços para a continuidade da temporada, o técnico Edgardo Bauza voltou a cobrar a diretoria do São Paulo pela contratação de novos jogadores. E, dessa vez, o treinador argentino colocou em dúvida até mesmo sua permanência no clube, já que ele não tem tido as novidades esperadas no seu elenco.

Em entrevista à Rádio Cadena Uno, da Argentina, quando questionado sobre se seguirá no clube caso o clube não consiga fazer novas incorporações, ele foi simples e claro. "Agora, na última semana aumentaram os esforços, mas se não trazem jogadores será muito complicado (seguir no São Paulo)", afirmou o comandante, que perdeu Ganso, Calleri e Alan Kardec nos últimos dias. Bauza continou afirmando que está sendo difícil dirigir uma equipe que tem perdido diversos jogadores a todo momento.

"É complicado. Saíram quatro jogadores importantes de ataque. Chegou um jogador nesta semana (Gilberto), mas estamos buscando um jogador de ponta para somar. Para inscrever um estrangeiro, temos até amanhã (terça-feira). Se não, um jogador que atua no Brasil. Teríamos dez dias mais. Sei que estão tentando (contratar)".

Das três possíveis chegadas ao time, dois seriam atacantes com um deles sendo argentino. O comandante não quis citar nomes mas revelou que tentou a contratação de Barcos -- a quem descreveu como um "negócio complicado". O lateral Buffarini e o atacante Caraglio também estão na mira do Tricolor. "Os dirigentes já sabem. Já disse: se não conseguirmos isso, seria difícil organizar o time como antes. Defensivamente o time melhorou muito, mas se não tem jierarquia (atitude) na frente é muito difícil. Ainda mais no Brasil, com 10 ou 12 times favoritos. Todos jogos são duríssimos. Agora enfrentaremos o Grêmio em Porto Alegre. Se não conseguirem jogadores de ponta será muito difícil, porque a obrigação do São Paulo é brigar em cima", declarou, sobre a possível chegada de reforços e necessidades dos mesmos para brigar no topo.

Sondado para assumir o comando da seleção da Argentina, o treinador procurou se esquivar da questão de modo direto, procurando mais uma resolução para o quadro geral da crise do futebol hermano. "Eu, como todos técnicos argentinos, o que pretendemos primeiro é que se organize a AFA, por uma questão lógica. Sigo o futebol argentino. Realmente me preocupa que até agora não haja uma condução em AFA para tomar decisões. Obviamente fiquei lisonjeado quando vi meu nome rondando com quatro, cinco técnicos de primeira linha. Se chega em algum momento, isso seria um orgulho. Volto a repetir: primeiro tem que melhorar AFA, depois vemos o que vai acontecer". 

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Ronaldo  Bento
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