A Seleção Brasileira segue seu trabalho de preparação visando o grande clássico contra a Argentina, nesta quinta-feira, no temido Monumental de Ñunez. O treino fechado na Arena Corinthians, foi posterior a entrevista coletiva do técnico Dunga para a imprensa, em São Paulo.

Por pouco mais de mais de 20 minutos, o comandante respondeu questões interessantes, sobre o fato do torcedor brasileiro não acreditar no futebol nacional, além da função de Elias e da guerra que será diante do torcedor argentino.

Questionado sobre a desconfiança da torcida em relação ao time, Dunga foi firme e duro. Pra ele, não há torcedor brasileiro que torça contra.

"Duvido! Eu não acredito. Pelo carinho que o torcedor brasileiro tem com a seleção. Existe uma desconfiança natural, até pelo momento do país, do mundo, independente de ser futebol. Sabemos que o futebol tem uma cobrança maior do que as outras coisas e temos de trabalhar com ele. Novamente. Duvido. Logicamente podem estar insatisfeito com uma ou outra coisa que acontece. É como um filho. Desobediente, mas que a gente educa."

Sobre ter novamente Neymar, Dunga se esquivou e preferiu exaltar o elenco. Para ele, o gol feito na última semana foi lindo, mas que ele deve um gol assim com a camisa amarela.

"É Neymar e mais 22. Claro que tê-lo agrega e muito. Sobre o gol, foi lindo, muito bonito, mas preferia que ele marcasse comigo. Fazer no Barcelona não adianta muito. Quero que faça aqui."

O posicionamento de Elias foi outra questão feita. Segundo Dunga, as características de cada um devem ser preservadas e não será diferente com o meia corinthiano.

"Ele tem total liberdade de fazer o que melhor sabe. Característica não se muda, se aproveita. Tanto que eu o convoquei quando estava na reserva do Corinthians. Vamos aproveitar o melhor dele."

Já quanto a preparação, Dunga preferiu a logística, a facilidade com que a delegação teria em relação ao treinos, viagens, chegadas e idas.

"Escolhemos São Paulo exatamente pela logística. Com o campo de treinamento mais próximo do aeroporto, assim facilita o acesso da chegada e da saída. Num futebol mais profissional, tem vários fatores que podem facilitar o trabalho."

Sempre lembrado pelo clima de guerra e da pressão, Dunga falou sobre a rivalidade e disse que ambas as equipes sabem jogar futebol e isso será a busca nesta quinta-feira.

"Eles têm grande jogadores, tenho grande respeito. Antes era guerra, mas agora é um jogo profissional. Vamos jogar firme, queremos ganhar da Argentina, mas as dificuldades serão enormes. Será o segundo jogo deles em casa e vamos buscar fazer aquilo que estamos trabalhando."

A pressão em cima dele também foi motivo de pergunta. Dunga, no entanto, respondeu conviver normalmente e que Careca, assistente pontual, deu suas dicas para os treinamentos.

"A pressão existe e temos de viver com ela. Não é só no treinador, mas com todos envolvidos. Até o Careca, super campeão, experiente, agora conosco, também passa sua emoção e isso é bom. Quando tem a pressão e a desconfiança geralmente também é bom. Tem de entrar com prazer, com alegria para fazer bons jogos."

A equipe brasileira não foi revelada e Dunga fechou o último treinamento. Quando liberada para o acesso da imprensa, a parte descontraída acontecia. Aberta para o público, a parte restante teve um rachão descontraído com a presença de todos os jogadores. Apenas Ricardo Oliveira saiu, poupado pelo desgaste físico. Neymar era o mais festejado e os corinthianos Cássio, Gil, Elias e Renato Augusto tiveram incentivo extra. O provável time terá Allison; Daniel Alves, Miranda, David Luiz, Filipe Luiz; Luis Gustavo, Elias, Willian, Douglas Costa, Neymar; Ricardo Oliveira.

O Brasil viaja na tarde desta quarta-feira com destino à Buenos Aires. Amanhã, o importante duelo contra a Argentina terá a cobertura completa da VAVEL Brasil com o melhor minuto a minuto, além dos detalhes pelas redes sociais.

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Sobre o autor
Diego Luz
De video game à política. Lendo tudo,ouvindo bastante e vivendo com base naquilo que acho certo. Muito prazer.