Dunga não é mais o técnico da seleção brasileira. A confirmação ocorreu na tarde desta terça-feira (14), após reunião entre dirigentes e a alta cúpula da CBF, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Marco Polo Del Nero, presidente da entidade, comunicou oficialmente o desligamento do treinador e do coordenador Gilmar Rinaldi de suas respectivas funções.

+ Tite surge como nome forte para assumir a Seleção

Dunga assumiu a canarinho no dia 22 de julho de 2014, logo após o término da Copa do Mundo realizada no país e demissão de seu antecessor, Luiz Felipe Scolari. No comando, dirigiu a equipe por 26 partidas com 18 vitórias, cinco empate e três derrotas. O retrospecto até parece positivo, mas o trabalho colecionava criticas.

A mais recente foi a eliminação na primeira fase da Copa América Centenário, fato que não acontecia desde 1987. Não avançar de fase em um agrupamento que continha Haiti, Equador e Peru foi a gota d'água para o fim do ciclo do treinador. Terminou na terceira colocação do Grupo B com quatro pontos.

Pesava também contra o ex-treinador os recentes fracassos da seleção brasileira em partidas oficiais e torneios. Se a queda na Copa América de 2016 foi na primeira fase, a de 2015 foi para o Paraguai, nos pênaltis, pelas quartas de final. Nas Eliminatórias para Copa do Mundo de 2018, ocupa apenas a sexta colocação e - hoje - não estaria sequer na zona de repescagem para o Mundial.

Após a derrota por 1 a 0 para o Peru, que selou sua eliminação no torneio dos Estados Unidos, Dunga manifestou confiança quanto a sua permanência no cargo e declarou estar focado no planejamento para os Jogos Olímpicos, fato que não será concretizado.

"Só temo uma coisa, a morte. Depois da Copa do Mundo estamos tentando uma reformulação. Elogiamos a Alemanha por manter o trabalho por 14 anos e o Brasil em dois anos quer que tudo se resolva fácil. Tem que persistir naquilo que está se fazendo", afirmou.

Sem comandante, a CBF volta suas atenções para Tite. Plano A da entidade, o treinador alvinegro parece cada vez mais próximo de receber mais um convite e, enfim, da aceitação. O treinador alvinegro nunca negou que seu sonho é comandar a seleção pentacampeã, mas ele vetou-a por duas vezes (em 2015 e em abril deste ano).