Na próxima quinta-feira (11), o Sport irá voltar a julgamento no Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) devido à confusão envolvendo grupos que representavam duas torcidas organizadas do time no estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina, na derrota por 3 a 0 para o Figueirense.

A briga gerou dois jogos de punição de mando de campo à equipe rubro-negra, que recorreu do caso e conseguiu um efeito suspensivo, atuando diante do Criciúma na Ilha do Retiro. Agora, o Leão será julgado na última instância para saber do resultado definitivo. O vice-presidente jurídico, Leonardo Coêlho, demonstra bastante confiança quanto à absolvição.

"Vamos demonstrar que pelo resultado na Câmara o Sport já está absolvido. Porque foram dois votos a favor e dois contra a perda de mando de campo. E o empate, de acordo com o artigo 132 do CBJD, já determina que deve ser interpretado de forma mais favorável ao denunciado. Ou seja, nós já estaríamos absolvidos", explicou o dirigente.

Em caso do tribunal não aceitar o argumento leonino, o clube partirá para o mérito, pois segundo Coêlho, o rubro-negro não colaborou diretamente com o evento, realizado fora de Recife, e não tem vínculos com os envolvidos.

"Vamos comprovar mais uma vez com as provas que já apresentamos que houve a identificação de todos os envolvidos e que o Sport não tem nenhuma ligação, não promove nenhum apoio, não patrocina, não sede espaço, ingresso. Portanto, não colaborou com o evento, que inclusive foi fora do Recife", garantiu.

Se dedicando ao máximo no caso, o setor judicial sabe da importância de atuar dentro de seus domínios e com o apoio dos torcedores. O conjunto de diretores está esperançoso que a justiça seja feita e dê reconhecimento à agremiação pernambucana por não compacturar com os desordeiros.

"Se tem um clube no Brasil que está fazendo por onde, é o Sport. E o Sport não pode ser punido, porque senão o tribunal vai estar dando uma mensagem negativa para aqueles clubes que desejam fazer alguma coisa contra esse tipo de torcida. Se a punição vier de toda forma, independente do que o clube fizer, alguns dirigentes vão se questionar se realmente vale a pena ou não combater", afirmou o vice-presidente.

"A diretoria do Sport entende que sim, primeiro porque não são torcedores, segundo porque eles afastam os verdadeiros torcedores do estádio, e por último porque eles não agregam absolutamente nada ao clube. Na medida em que eles trabalham com material sem licenciamento, tiram receitas do clube, causam problemas e prejuízos como esse que a gente está tratando agora", concluiu Leonardo.

VAVEL Logo
Sobre o autor
Mateus Schuler
Jornalismo e admirador do futebol. Sofre por Flyers, Jaguars, Suns e Basel, não necessariamente nessa ordem. Fã de rock e esportes em geral. Insone