O Vasco começou o ano com três jogadores no ataque. Após a chegada dos reforços, mudou a formação ainda no Campeonato Carioca, com o meia Douglas na armação e dois atacantes na frente. Muitos problemas de lesões fizeram a equipe ter até três volantes e três atacantes em uma partida da Série B 2014. Com a chegada de Kleber Gladiador, o time provocou uma mudança na formação. Entre as mudanças nas variações táticas e desenhos diferentes do time, o técnico Adílson Batista não mostra em nenhum momento que Douglas terá um companheiro no setor de criação.

Se Douglas sai do jogo, o que é algo bem difícil, quem entra é o outro armador, Dakson. Pode ser que seja pela carência de jogadores para dividir a criação com o camisa 10, ou porque o treinador não gostou do desempenho de sua equipe com dois meias. Adílson basicamente descarta uma formação com um no meio de campo com maior criatividade para servir os seus atacantes.

O técnico recorda que já usou a dupla Dakson e Douglas na criação de jogadas nesse tempo em que está em São Januário, e foi este ano contra o Resende pelo Campeonato Carioca. Ele escalou a dupla lado a lado, mas o teste não durou 45 minutos, pois William Barbio entrou no lugar de Dakson. Com alguns volantes que tem características de avançar ao ataque e passar a bola com boa qualidade, o comandante da equipe vascaína aposta suas fichas em jogadores que exercem uma dupla função, como nos casos de Fabrício e Pedro Ken, antigamente até mesmo com Fellipe Bastos, que já não faz mais parte do elenco vascaíno, já que foi emprestado ao Grêmio.

“Quando trabalhei com Douglas e Dakson, não gostei do primeiro tempo. Tinha falado isso na entrevista. Já trabalhei também com três no meio, três na frente, fui dando oportunidades a todos. Todos receberam sua chance. Com exceção do Jordi e Jhon Cley, até agora, a gente vai dando oportunidades, mas preciso das respostas também. Às vezes a gente muda em função do que esta vendo no treinamento, do que vê do adversário ou transfere para outros pela experiência. São muitas coisas que variam. Mas o time está bem definido”,  disse o treinador, deixando claro que Douglas fazia uma função diferente como meia quando havia um trio de atacantes.

No começo do ano, o time Cruzmaltino  jogava com Reginaldo na esquerda, William Barbio do outro lado e Edmílson como homem de referência. Com a chegada de Douglas, como lembrou o treinador, logo de primeira foi alterada a formação do time, que passou a ter Guiñazu, Aranda e Fellipe Bastos, além do camisa 10 e mais dois atacantes que preenchiam: Everton Costa e Edmílson. O grande problema de coração de Everton e outras lesões mexeram novamente nas opções de Adílson para o início da Série B. O time carioca chegou a entrar em campo contra o Sampaio Correia com Fabrício, Pedro Ken e Fellipe Bastos no meio, e mais Rafael Silva, Yago e Marquinhos no ataque.

A carência de meias não é novidade no Vasco, e muito menos no futebol brasileiro. Entre as opções de meio de campo de ligação do time, o treinador tem um titular absoluto, e mais algumas opções que se juntaram ao elenco recentemente. Guilherme Biteco teve chances, fez gol e parecia que teria seu espaço, mas se lesionou. Dakson, que ficou muito tempo sem ter suas chances, voltou a ter oportunidades antes da Copa do Mundo. Montoya, que chegou a pedir para atuar mais recuado, quase sempre entrou como atacante, jogando pelos lados do campo.