Na noite desta terça-feira (23), Vasco da Gama e Sampaio Corrêa se enfrentaram no Castelão, em partida válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O confronto, que terminou empatado em 2 a 2, foi marcado pela condução polêmica do árbitro do jogo, que errou para os dois lados e gerou reclamações de ambos os clubes. 

O primeiro equívoco da arbitragem aconteceu no inicio do primeiro tempo, quando Diego Renan recebeu lançamento em profundidade dentro da área e foi empurrado. No entanto, a penalidade não foi marcada e o jogo prosseguiu. Já no fim da primeira etapa, outra situação envolvendo o Vasco da Gama. Dessa vez, o juiz acertou em assinalar o pênalti sofrido por Maxi Rodriguez. Nessa altura, os donos da casa venciam por 1 a 0, e o cruzmaltino chegou ao empate com Douglas, que converteu a batida. 

Novas polêmicas aconteceram na segunda etapa. Na metade do período, em jogada de escanteio, Pimentinha driblou Kleber e foi parado com falta dentro da área. Todavia, o árbitro compensou o pênalti não marcado para o Vasco na primeira etapa e deixou seguir, acumulando dois erros cruciais, um para cada lado. Minutos depois, Douglas Silva aproveitou cruzamento de Fabrício e empurrou para virar o jogo. A zaga do Sampaio tentou afastar, mas a bola já tinha ultrapassado a linha e o gol foi validado de forma correta. Porém, os jogadores do Tubarão ficaram enfurecidos e nova confusão foi iniciada. O embate ainda teve tempo para novo desentendimento, pois o juiz assinalou cinco minutos de acréscimos e desagradou técnico Joel Santana. Durante o desconto, o time da casa empatou o jogo em 2 a 2.

Por meio de seu site oficial, o Sampaio Corrêa publicou uma crônica fazendo crítica à arbitragem. Segundo a publicação, o Tubarão foi prejudicado.

"Dois gigantes, duelando palmo a palmo, no palco sagrado do futebol maranhense. O Castelão ficou pequeno para tanta ação, resumida em noventa minutos de pura entrega e raça Tricolor, que lutou, literalmente, contra tudo durante o jogo. Das arquibancadas, vinha o hino entusiasmado da massa, refletido em campo pela dedicação, toques rápidos e inspiração do time do Sampaio. Pimenta enlouquecia a defesa do Vasco, enquanto Jonas e Correia destruíam no meio de campo. Ausente da lateral por alguns jogos, Tote reapareceu, e em grande estilo. Inversões, desarmes e cruzamentos estavam no seu repertório. Faltava algo? Sim, e Edimar soube aproveitar. Bola na rede, gol do Sampaio, explosão do mar de gente. Do outro lado, um time nas cordas, acuado, sem reação, que parecia precisar de uma força extra para despertar, e ela começou a aparecer no final do primeiro tempo. Guerra dentro da área, jogador da Colina no chão, apito apontado para a marca do pênalti. Se aconteceu, agora já é tarde demais para lamentar. Empate injusto. A outra parte da batalha reservou doses exacerbadas de equívocos do trio de arbitragem. Na dúvida, ponto pro adversário. Pênalti pro Sampaio? Alguém pareceu ter cantado uma canção: 'Essa noite não!'. Lance duvidoso na área Tricolor. Gol do Vasco. Jogador boliviano raspado dentro da área. Segue o jogo. Falta para o Sampaio, só na próxima. O destempero começou a ganhar corpo e o futebol, por uns instantes, foi deixado de lado. Cartões amarelos e vermelhos só tinham uma direção, mas um guerreiro nunca se entrega. O duelo findava para uma derrota ingrata, dolorosa, até Válber limpar e acertar um canhão de fora da área. A bola caiu nos pés de quem não costuma perdoar, e ele fez a justiça prevalecer. Willian Paulista arrancou o grito dos pulmões da torcida Tricolor, que soltou um grito distinto, um misto de desabafo e alívio. Um empate controverso, mas coberto por uma honradez monstruosa dos jogadores bolivianos. A vitória fica para a próxima. Hoje, só aplausos". 

Do lado cruzmaltino, o assunto também foi arbitragem. O técnico Joel Santana não concordou com as reclamações dos jogadores e torcedores do Sampaio Corrêa. Conforme declarou o treinador, a equipe prejudicada no confronto foi o Vasco.

"Não adianta ficar falando isso aqui que amanhã vai aparecendo algum monstro sagrado dizendo que estou chorando resultado. Depois do segundo gol (do Vasco), o que sofremos foi uma coisa absurda, o problema não foi nosso, foi do adversário. Peitaram bandeira, peitaram arbitragem. Estou reclamando dos acontecimentos, aí deram cinco minutos de acréscimos, e eles fizeram o gol nos acréscimos. Minha indignação é pelo bom futebol, pelas coisas corretas. O Brasil todo viu lances de violência, de agressão, de atraso de jogo por parte deles. Viemos jogar futebol, e quem foi prejudicado foi o Vasco. O único prejudicado foi a gente", declarou.