Vasco e Coritiba se enfrentaram no Maracanã, na noite deste sábado (15). Melhor para os paranaenses, que com gol no fim, bateram os cariocas pelo placar mínimo de 1 a 0. Com o resultado, o Vasco segue na lanterna do Campeonato Brasileiro 2015, com apenas 13 pontos conquistados. Já o Coxa chegou aos 18 pontos. Um terço destes, conquistados nas últimas duas partidas.
Na primeira partida do returno do Brasileirão, o Gigante da Colina sai para enfrentar o Goiás, no Serra Dourada, sábado (22), às 18h30 (de Brasília). Partida que promete ser duríssima para o clube da Cruz de Malta, já que a equipe vem vários resultados ruins, além de o Esmeraldino ser um adversário direto na luta contra o descenso, somando apenas três pontos a mais que o Vasco.
O Coritiba, por sua vez, pega a surpreendente Chapecoense. A partida acontece no Couto Pereira, casa do time, às 11h (de Brasília) da manhã de domingo (23). O alvi verde paranaense vai empolgado com o momento positivo, buscando mais uma vitória em sequência, já mirando no Avaí, que soma 20 pontos, dois a mais que a equipe Coxa Branca.
Primeiro tempo movimentado, repleto de chances, mas sem gols
O Vasco começou bem a partida, e dava a entender ao seu torcedor que a história do campeonato começaria a mudar neste sábado. Com meio campo envolvente, passes longos e precisos e chegadas repetidas ao fundo, o Gigante levava muito perigo à área do Coritiba. Mas a equipe de Celso Roth falhava no último passe, ou, quando o acertava, errava a conclusão. Foi o que aconteceu por duas vezes com Dagoberto.
Embora a equipe de São Januário levasse muito mais perigo, a primeira grande chance da partida veio da cabeça de Lúcio Flávio. O armador do Coritiba recebeu bom cruzamento da direita e cabeceou no contra pé do goleiro Jordi, que caiu bem e efetuou a defesa. A tensão dos jogadores vascainos era evidente. No próprio lance, após a defesa do arqueiro Cruz-maltino, Madson, lateral que se destacou no título Carioca deste ano, vestindo a camisa do Vasco, ao tentar afastar, quase fez lambança, acertando a bola no próprio goleiro. Na sequência, no escanteio originado pela bobeira do Vasco, a bola balançou a rede, mas por fora, dando um susto em parte do estádio.
Um dos estreantes da noite, Nenê, tentava como podia organizar o setor de meio campo, além de assustar bastante os defensores adversários com passes bem executados e escanteios venenosos. O jogador também assustava com a bola no chão. Foi o que aconteceu aos 27 minutos, quando após boa jogada entre ele e outro estreante, Jorge Henrique, o "Camisa 10" invadiu a área e reclamou de pênalti. O árbitro, por sua vez, nada assinalou, porém chamou a atenção do meia, já que de acordo com determinação da CBF, toda reclamação deve ser acompanhada por cartão amarelo.
Os visitantes tinham clara postura dentro de campo, de esperar a equipe vascaína. Bem postados defensivamente, e velozes nos contra ataques, a equipe de Ney Franco por vezes levou perigo aos defensores do Vasco. Mas o Vasco era quem criava as melhores chances e, aos 28 minutos, após bela jogada coletiva, de pé em pé, a bola saiu da direita de ataque, passando por Nenê, Jorge Henrique, Lucas e Serginho, até chegar à Christianno, que dominou e chutou por cima.
A essa altura, o Vasco já tinha mais do que o dobro de finalizações que o Coritiba, 8 a 3, porém a maioria delas, para fora. A equipe verde e branco continuava se defendendo como podia, mas tentava mudar o comportamento passivo, buscando segurar a bola para diminuir o ímpeto vascaíno, o que não dava certo, já que os atletas vascainos rapidamente recuperavam a bola.
A medida que o primeiro tempo se acabava, as equipes começavam a reduzir o ritmo, talvez temendo sofrer um gol e ter de reverter na segunda etapa. Este receio acabou por atrapalhar ainda mais ambas as equipes, que à essa altura não conseguiam segurar a bola nos pés, dando a clara sensação de nervosismo.
Segunda etapa lembra a primeira, com muita luta e excesso de nervosismo; no fim, felicidade pros paranaenses
O segundo tempo começou como acabou o primeiro, muito brigado e nervoso, na mesma proporção. As duas equipes buscavam ficar com a bola, mas o Vasco tinha mais sucesso e prendia a posse, buscando armar jogadas com Nenê. Com os erros de passe, devido ao estado de espírito Cruz-maltino, a torcida começou a chiar. O Coritiba, que nada tinha com isso, percebeu ali um ponto positivo, afinal com o nervosismo dentro e fora de campo, o cenário da partida poderia se alterar.
Ney Franco percebe momento do jogo e resolve promover uma mudança em sua equipe. Ele tira Galhardo e coloca Raphael Lucas. O atleta, em seu primeiro lance em campo, já mostra seu cartão de visitas. Ao entregar bola a Negueba, depois de boa arrancada pelo meio, cria boa oportunidade em falta cometida por Riascos. O atleta vascaíno é advertido com o cartão amarelo. Na cobrança do tiro livre, Lucio Flávio bate rasteiro, por baixo da barreira e quase marca, dando um verdadeiro susto nos torcedores presentes.
O Vasco ao volta a ter chance aos 18, com Nenê, de fora da área, que acerta belo chute, mas a bola vai por cima do gol. Dois minutos depois, após bate rebate dentro da área do Coxa, Herrera, que acabara de entrar, fura, a bola sobra nos pés de Rodrigo, que gira batendo para o gol. A redonda raspa no zagueiro do Coritiba e depois na trave. O árbitro, bem posicionado, não vê o desvio, e marca apenas tiro de meta.
Na metade da etapa final, a pressão continuava. Christianno vai a linha de fundo e cruza rasteiro para Riascos. O atacante se atrapalha na conclusão e chuta no próprio braço. O árbitro marca falta de ataque. Três minutos depois, em um quase replay do lance anterior, Christianno invade a área novamente, mas ao invés de tocar para Riascos livre, chuta em cima do goleiro Wilson.
O Coritiba mostrava sinais de satisfação com o resultado, já que pouco atacava a essa altura. As equipes mostravam novamente, muito nervosismo, visto que neste momento, qualquer gol poderia ser fatal. O Vasco, impaciente, errava inúmeros passes, e quanto o Coritiba continuava assustando nos contra golpes. Nesse momento já sem Negueba. O atleta Coxa Branca sentia fortes câimbras devido ao esforço durante a partida inteira, o que sacrificava o ataque do time.
O jogo se encaminhava para um final ruim para ambos, afinal o empate não lhes servia na luta contra o rebaixamento. Mas para o Vasco, o que era ruim, piorou. Aos 47, ouvindo gritos de protesto das arquibancadas como "vergonha, time sem vergonha", Jomar erra na saída de bola, entregando nos pés de Raphael Lucas. O meia toca para Evandro, que na saída de Jordi, apenas cutuca por baixo, mandando para o fundo do gol, Coritiba 1 a 0.
Sem tempo para mais nada, o Vasco sai no desespero. Levantando a bola de qualquer forma na área adversária e se expondo ao contra ataque, que poderia lhe custar mais um gol. Mas ficou nisso mesmo, mais uma derrota do Vasco, deixando o clube afundado na lanterna. Em compensação, foi a segunda vitória seguida do Coritiba, dando um ânimo extra à equipe neste começo de segundo turno.