Pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil 2016, o Vasco da Gama venceu a equipe do Santa Cruz, no Arruda, na noite desta quarta-feira (20). Após o empate por 1 a 1, uma semana atrás, em São Januário, a equipe pernambucana foi para o confronto tendo até o empate sem gols como seu aliado, mas mesmo sem Nenê, vetado com problemas musculares, os cariocas foram superiores os noventa minutos e garantiram a vaga com um triunfo pelo placar de 3 a 2.

Agora, para o Santa Cruz, resta o incomum prêmio de consolação após uma eliminação: a vaga em outra competição, e desta vez, internacional. Trata-se da Copa Sul-Americana, torneio no qual o tricolor participará, após garantir presença com o título da Copa do Nordeste, mas que poderia ser desconsiderada caso o clube avançasse para as oitavas. O adversário na estreia do Santinha em competições internacionais será seu rival local, Sport. No Vasco, a realidade também é de divisão entre competições, e agora as atenções voltam para a prioridade do Gigante, que é voltar à elite do Brasileiro.

O adversário do Vasco nas oitavas de final da Copa do Brasil será conhecido através de sorteio, ainda sem data definida. Mas a equipe de Jorginho já tem compromisso no próximo sábado (23), às 16h30, em São Januário, contra o Bragantino, pela Série B. O Santa, por sua vez, enfrenta o Coritiba, também no sábado, no Arruda, às 18h30, pela Série A.

Vasco busca ataque na primeira etapa e assusta Santa Cruz

Dadas as circunstâncias de um jogo de 180 minutos, pela metade, Santa Cruz e Vasco entraram em campo tentando defender o que lhes era garantido: a vantagem por devidos placares. Para o Vasco, o placar magro, zerado, não era suficiente, portanto, era necessário atacar o adversário, que por sua vez, se sentia confortável com a vantagem adquirida na primeira parte do duelo. Agravante para o Vasco, o Santa conseguia manter a calma e equilíbrio nas trocas de posição no meio campo, mantendo o plantel da Colina bem distante de seu gol.

Sem Nenê, o Vasco carecia de criatividade no meio-campo, já que mesmo com todo o talento e juventude de Evander, Andrezinho ficava sobrecarregado como a única mente pensante nas organizações de ataque do Vasco. Sorte para os cariocas, que Milton Mendes armou a equipe com três volantes, garantindo a solidez defensiva, necessária para evitar gols, mas abrindo mão de um ataque numeroso, notório em equipes que marcam gols em quantidade.

A primeira chance real de gol aconteceu aos 19 minutos, e veio dos pés de um vascaíno. Júlio Cesar, após boa triangulação com Evander e Jorge Henrique, chutou forte, para uma boa intervenção do arqueiro Tiago Cardoso. Era o Vasco tentando mostrar suas forças, contra um Santa certo de que a classificação viria naturalmente.

A partir do primeiro susto, o Santa tentou sair em esporádicos contra-ataques, na maioria das vezes com Keno, que em um deles, deu trabalho para Martín Silva, com uma bomba de fora da área, que explodiu nas mãos do uruguaio. Contudo, o lance foi eventual, já que era o Vasco o senhor das ações, e como de costume, com a bola parada, ponto forte da equipe, os cariocas quase abriram o placar. Na cobrança de falta sofrida por Thalles, na entrada da área, Andrezinho, malandramente, mostrando talvez um erro de posicionamento da barreira, rola a bola de biquinho para Rodrigo, que enche o pé, Tiago defende e no rebote, o arbitro marca falta de ataque vascaína, salvando o Santa de mais um lance perigoso.

O último lance de perigo da primeira etapa, novamente com bola parada, veio dos pés de Andrezinho, que ao observar o goleiro mal posicionado, colocou a bola na direção da marca do pênalti, para que um atacante pudesse concluir para o gol, mas, Bruno Moraes, do Santa Cruz, tentou cortar de cabeça e quase marcou contra, assustando sua torcida e animando a massa vascaína, que ocupava toda a área destinada aos visitantes.

Vasco volta ainda melhor na segunda etapa, marca três vezes e elimina o tricolor da Copa do Brasil  

Com os papéis mantidos como no começo do jogo, o Santa iniciou a segunda etapa tentando tirar o ritmo do Vasco. Com estocadas ofensivas pelos lados, o time de Milton tentava manter os laterais vascaínos longe do ataque. Já o Vasco, com a entrada de Diguinho no lugar de Marcelo Mattos, jogava mais leve e com mais qualidade na troca de passes na meia cancha. E de uma jogada de toque de bola, a equipe do Rio de Janeiro abriu o placar em Recife. Após tocar e receber de volta de Evander, Andrezinho bateu colocado, de fora da área, e abriu o placar no Arruda. Vasco 1 a 0.

O lance serviu para assustar o Santa, que agora, definitivamente, precisava sair para o ataque. Contudo, agora era o Vasco que esperava os contra-ataques, e em um deles, aos 16, quase o segundo gol. Diguinho lançou Madson pela direita, que ganhou do goleiro na corrida e bateu cruzado, mas a bola, caprichosamente, foi para fora, raspando o pé da trave direita de Tiago Cardoso.

O bom momento do Vasco aumentou, aos 19, quando Pikachu aproveitou o retorno da bola, após jogada no fundo de Jorge Henrique, para marcar o segundo do Gigante da Colina. O jogador marcou seu segundo gol com a camisa do Vasco. O primeiro aconteceu no último sábado, diante do Luverdense, em Lucas do Rio Verde.

Aos 23’, o Santa Cruz ensaiava uma reação. Após uma bobeira do lateral direito Madson, que permitiu a entrada de Keno, sozinho, e suas costas. O atacante tricolor cabeceou no cantinho direito de Martín Silva, diminuindo o placar e animando os torcedores que, em pequeno número, já deixavam as dependências do estádio.

Contudo, o gol de Keno não ajudou muito, já que aos 48’, após lançamento primoroso de Andrezinho, Jorge Henrique ganhou a corrida com Tiago Cardoso, driblou o goleiro e só teve o trabalho de empurrar para as redes, marcando 3 a 1 para os visitantes. Com o pouco tempo restante no marcador, o Santinha ainda marcou outra vez, agora com Arthur, aproveitando o vacilo do sistema defensivo do Vasco, que dava a impressão de ter parado, aguardando o apito final.

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