Time da virada e do amor. Os anos 2000 de um passado cheio de glórias não poderia começar de outra forma. A Copa Mercosul é uma das primeiras conquistas que vêm na cabeça do torcedor do Vasco da Gama. Seria apenas uma final entre Palmeiras e o time de São Januário, mas tem um gostinho especial. Aliás, um 3 a 0 que passou a ser 4 a 3 não acontece todos os dias. Desde então, o encontro entre as duas equipes é lembrado pelo feito da equipe cruz-maltina.

Além disso, naquela época, o Campeonato Brasileiro, chamado de Copa João Havelange, também teve o nome do Vasco na taça de campeão. Porém, não é só de triunfos que se fortalece um grande clube. A época gloriosa do Cruz-Maltino deu lugar a infâmia. O duelo do time de São Januário era do lado de fora dos gramados. Amadeu Pinto da Rocha, nome apoiado por Eurico Miranda, e Roberto Dinamite brigavam pela presidência. Na primeira, melhor para o segundo, que assumiu o posto em 2008.

(Foto: Marcelo Sadio/Vasco)

A palavra melhor, como dito no parágrafo anterior, pode não se encaixar. De ídolo, um dos maiores nomes do Vasco, Dinamite passou a ser esquecido. Assim que assumiu o time caiu para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Dois anos após voltar para a elite do futebol brasileiro, mais precisamente em 2011, o Cruz-Maltino se sagrou campeão da Copa do Brasil. Um título inédito para dar moral ao clube. Mas não aconteceu. Novamente o Vasco foi rebaixado. E se via, mais uma vez, obrigado a reconstruir todo aquele passado.

A briga fora do gramados não dava trégua. Nas eleições de 2014, o nome de Eurico Miranda apareceu na disputa. Dinamite, por sua vez, não concorreu. Eurico retornou ao clube e com um discurso: "O respeito voltou"! O que ele estaria querendo dizer com isso? Seria mais uma discussão extra-campo? Na volta do então atual presidente, o Cruz-Maltino caiu mais uma vez. A terceira vez em menos de dez anos.

Novamente o Vasco se via obrigado a passar por uma reestruturação. Desde que voltou, Eurico Miranda fez questão de reestabelecer algumas coisas que foram esquecidas na geração Roberto Dinamite como, por exemplo, o basquete. Além disso, o Vasco segue uma renovação de seu patrimônio. Atualmente, o clube já tem o Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo (Caprres), o campo anexo e outros pontos sendo retomados em São Januário. Será que agora, completando seus 118 anos, o Vasco vai voltar a brilhar como em 2000?