O Vila Nova derrotou a equipe do Vasco em São Januário, na noite desta terça-feira (30). Em jogo com etapas opostas, a equipe goiana começou arrasadora, abrindo 2 a 0 com menos de 20 minutos de jogo. O Vasco tentou se reorganizar no intervalo e voltou melhor, promovendo um verdadeiro “ataque contra defesa” no segundo tempo, e encurralando o adversário. Após o golaço de fora, da jovem promessa Douglas, a equipe da Colina começou a pressionar com bastante ímpeto, mas parou, ora na defesa, bem postada, ora no bom goleiro Saulo.

Com a derrota em seus domínios, o Vasco da Gama segue líder, mas agora, não mais com a gordura de antes. Somando 41 pontos, a equipe carioca vê agora o Atlético-GO, segundo colocado, se aproximar, já com 38, apenas 3 a menos. A vantagem para o quinto colocado também caiu. Onde existiam onze pontos, hoje, são apenas sete. Para o Vila, a vitória veio em ótima hora.

Após sequência indigesta, somando três empates, a equipe voltou a vencer, e chegou aos 29 pontos, ocupando a décima posição e se afastando do Tupi, primeiro colocado no Z4, o grupo de quatro equipes que serão rebaixadas à Série C na próxima temporada. A equipe de Juiz de Fora soma 22 pontos.

Para a próxima rodada, o Vasco viaja para Salvador, onde enfrenta o Bahia, na Arena Fonte Nova, às 16h30 do próximo sábado (3). Já o Vila Nova, volta à Goiânia, onde terá o vice-líder e rival local, Atlético-GO pela frente. O “derby” está marcado para às 16h, também do próximo sábado.

Vasco começa devagar e vê Vila Nova abrir 2 a 0

A equipe vascaína voltava a sua casa depois de quase um mês. A saudade do torcedor não se traduziu na presença do público (pouco mais de duas mil pessoas), mas sim nos incentivos à equipe logo após o apito inicial. Mas, apesar de ter chegado bem no ataque, logo aos 3 minutos, os cariocas foram surpreendidos em contra-ataque muito veloz, que resultou no gol de Maguinho, com apenas 5 minutos contabilizados.

O balde de água fria, jogado nos jogadores, respingou nas arquibancadas, que escolheram Diguinho como Judas e as vaias começaram. A qualquer toque na bola do atleta, boa parte dos torcedores presentes vaiava, mostrando clara insatisfação com a atuação, mesmo que por apenas 5 minutos, do volante. Tentando mostrar personalidade, Diguinho começou a buscar o jogo, distribuindo bem a bola pelo meio, e criando a primeira clara chance para o Vasco, que resultou em bate-rebate e sobra na entrada da área, para Yago Pikachu encher o pé e mandar na trave.

O Vasco então foi surpreendido novamente. Após boa sequência ofensiva, a equipe acabou se adiantando demais e, em um lance onde todos os atletas pediram falta em Julio dos Santos, Victor Bolt achou Moisés em ótimo lançamento, o atacante então, aproveitando a falha do goleiro Jordi, que substituía Martín, servindo à Seleção Uruguaia, tocou por cima. Rodrigo ainda tentou correr em direção a bola para evitar o gol, mas era tarde demais. 2 a 0 para os visitantes.

O gol, com pouco mais de 15 minutos, acendeu o sinal de alerta em São Januário. A torcida, por sua vez, fez questão de mostrar aos jogadores, em um misto de cobrança e incentivo, que algo precisava mudar. Gritos de “Ei Vasco, ‘vamo’ jogar” ecoavam por todo o estádio e a equipe, dentro de campo, tentava, mas nada dava certo. Nos últimos minutos da primeira etapa, após vacilo da defesa do Vila, Julio Cesar foi ao fundo e cruzou, Evander correu na direção da bola, tentando empurrar para o gol vazio, mas não alcançou, deixando um sentimento de angústia no estádio.

Vasco melhora no segundo tempo, marca com Douglas, mas pressão é insuficiente e Vila Nova consegue sair com vitória

Jorginho alterou a equipe no intervalo. Além das entradas de Eder Luís e Madson, o treinador propôs um esquema mais ofensivo e aberto, usando a velocidade de jogadores rápidos, pelas pontas. Antes dos 8’, a equipe já havia chegado por mais de duas vezes, mostrando que o panorama seria outro na segunda metade de jogo.

Aos 10 minutos, após boa jogada construída no meio, o jovem Douglas, estreando na equipe titular, experimentou de longa distância, a bola pegou uma leve curva e foi morrer na lateral da rede, no ângulo, sem chances para Saulo. O gol do Vasco acendeu a equipe e explodiu as arquibancadas. Já sem Diguinho em campo, não se ouvia vaias, mas um incentivo que vinha fortalecendo os atletas.

Minutos depois, o Vasco chegou por algumas vezes seguidas, com Ederson, Eder Luís e Pikachu, mas em todas elas a bola parava no sistema defensivo do Vila que, a essa altura, esperava ansiosamente por um contra-ataque, para matar o jogo de vez. Graças à falta de pontaria de Patrick, o terceiro não saiu, mas o susto gerou o alerta na equipe do Vasco.

A equipe então, começou a cuidar mais da retaguarda, perdendo um pouco de eficiência nas trocas de passes ofensivas, mas ganhando intensidade na marcação, nas raras oportunidades de ataque dos visitantes. Quando chegava no ataque, o Vasco era perigoso. Com jogadas rápidas, de ultrapassagem, principalmente com Madson e Pikachu, pela direita, a equipe de Jorginho seguia pressionando o Vila contra seu próprio campo, e deixando a Comissão Técnica e torcedores adversários loucos.

A medida em que o gol não saia, e os minutos iam passando, a blitz se intensificou, com um Vasco muito mais aguerrido e disposto a marcar o gol de empate, e um Vila Nova ansioso pelo apito final. No fim, Ederson quase marcou após falha do zagueiro em um “corta-luz” mal feito, mas tudo não passou do quase, e o Vasco voltou a perder em seus domínios.