Um dos destaques no último Campeonato Mundial de Hóquei (IIHF), o ala esquerda Artemi Panarin, recém-contratado pelo Chicago Blackhawks, pode ter algumas dificuldades para se adaptar ao estilo de jogo da NHL.

Craque da KHL (Liga Nacional Russa), Panarim nunca jogou profissionalmente na América do Norte, mas chega aos Blackhawks como promessa, já que a equipe teve diversas baixas no elenco vitorioso e sofre com uma crise interna que envolve o seu principal astro Patrick Kane.

“Panarin é verdadeiramente a sensação para esta nova temporada”, disse o gerente geral da equipe, Stan Bowman, no último mês. “Ele possui muito talento e nós estamos tentando ser pacientes com as expectativas, pois ele vem para um novo país e deve ainda aprender a língua”, complementou.

Apesar do entusiasmo, os Blackhawks já sentiram a difícil adaptação de jovens atletas euroupeus nesta última temporada. Teuvo Teravainen, a promessa finlandesa de apenas 20 anos, não teve o resultado imediato e acabou sendo mandado para a AHL, onde passou mais da metade da temporada regular jogando.

Com Panarin a situação pode ser a mesma. A diferença é que no contrato firmado com a franquia dos Blackhawks há um adicional que impede que o atleta seja remanejado para ligas inferiores como a AHL. Ou seja, se Panarin não for utilizado no time principal, logo poderá retornar à KHL. Uma perda de dinheiro que pode prejudicar ainda mais a franquia de Chicago.

“Absolutamente todos os fãs dos Blackhawks vão amá-lo”, observou Viktor Tikhonov, outro jovem russo oriundo da KHL e que atuará lado a lado com Panarin nos Blackhawks. “É só ver o quão rápido ele está se desenvolvendo. Panarin foi um dos melhores jogadores da KHL este ano e teve a decisão certa de vir para a NHL”, garante.

Histórico

Com apenas 23 anos, o atleta se transformou em um dos goleadores mais dinâmicos da liga russa. Em 2011, Panarin conquistou o Mundial de Juniores ao marcar dois gols contra o Canadá na vitória por 5 a 3. Na KHL, em 2015, ele foi além, sendo o quinto maior pontuador da liga com 62 pontos em 54 jogos.

Texto publicado originalmente em The Playoffs