Resenha: Biblioteca de Almas, de Ransom Riggs
Lorena Polli

ATENÇÃO: Esta resenha pode conter spoilers! O autor inicia o terceiro e último livro com a continuação do final de “Cidade dos Etéreos”, criando uma tensão no leitor. Com a habilidade para controlar os etéreos, Jacob aos poucos a desenvolve, e não mede esforços para usá-la em favor de seus amigos peculiares e das ymbrynes que foram capturadas pelos acólitos no final de “Cidade dos Etéreos”. Jacob, o controlador de etéreos, Emma, a menina que produz fogo com as mãos e o cachorro Addison foram os únicos que escaparam das garras dos acólitos. Graças ao faro peculiar de Addison, eles não perderam o rastro dos órfãos e conseguiram segui-los pela Londres dos dias atuais.

O rastro dos peculiares capturados termina em Sharon, um barqueiro misterioso que os leva a um passeio para a fenda temporal chamada de “Recanto do Demônio”, que possui perversidades e vícios bizarros por todo o lado. Despistando-se do barqueiro, e com medo de confiar em qualquer pessoa, eles partem guiados pelo faro de Addison à sua última e perigosa aventura para salvar não apenas seus amigos, mas o mundo peculiar. “Biblioteca de Almas” traz revelações e novos aspectos sobre o mundo dos peculiares a cada capítulo, misturados com muita ação. O ator conseguiu escrever uma trilogia fantasiosa sem enrolar, conciliando a aventura com os dramas pessoais dos personagens mais destacados. Não mais importante, as mensagens de união, amizade, e principalmente aceitar as diferenças que cada ser possui, também devem ser levadas em conta.

O desfecho da série é capaz de tirar o fôlego dos leitores ávidos por uma experiência única, conciliada com fotos antigas e curiosamente reais. Fica aí o questionamento: Qual leitor não se perguntou em que circunstâncias e o porquê dessas fotos tão peculiares terem sido tiradas?!

VAVEL Logo