O terceiro e último dia do judô na paralimpíada Rio-2016 aconteceu neste sábado (10). Após conquistar apenas uma medalha nos dois dias anteriores - prata com Lúcia Teixeira na categoria até 57 Kg -, os brasileiros supreenderam em seus confrontos e quatro judocas se classificaram para a disputa de medalha.

Inaugurando o tatame na fase decisiva, Alana Maldonado tinha a responsabilidade de conquistar o primeiro ouro brasileiro do judô nos Jogos Paralímpicos, mas não deu. Em uma luta dificil contra Lenia Alvarez, Maldonado se protegeu das tentantivas de estrangulamento da adversária por boa parte do confronto. Apostando na agressividade, a mexicana conseguiu imobilizar a brasileira antes de dois minutos de duelo e assim chegou a uma vitória tranquila, deixando a brasileira com a medalha de prata

A trajetória de Alana Maldonado nos Jogos Paralímpicos começou contra a britânica Natalie Greenhoughe, em confronto pelas quartas de final da categoria até 70 Kg. Com uma vitória tranquila, a brasileira garantiu vaga na semifinal. Valendo um lugar na finalíssima, dessa vez a adversária era a húngara Nikolett Szabo. Mostrando concentração, Maldonado controlou bem o confronto, derrotou Szabo e garantiu mais uma medalha para o Judô na Paralimpíada. No entanto, no duelo decisivo, a judoca encontrou uma oponente forte e não conseguiu fazer sua estratégia de luta fluir como desejava.

Diagnosticada com Stargardt aos 14 anos - doença que provoca a perda da visão progressiva -, Alana Maldonado não desistiu do Judô, esporte que praticara desde a infância. Porém, só em 2014 começou a competir pela modalidade paralímpica. Revelação pela sua categoria, a brasileira conquistou três medalhas de ouro em três competições internacionais. Com apenas 21 anos, a judoca termina sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos com a medalha de prata estampada no peito.