Um assunto recorrente no mundo dos esportes olímpicos tem sido o doping sistemático envolvendo diversas federações esportivas da Rússia, envolvendo uma imensa quantidade de atletas do país. A revelação feita recentemente ocasionou o banimento da delegação russa, por completo, dos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

No caso dos Jogos Olímpicos, muitos atletas também foram afetados, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) repassou a decisão de excluir ou não os atletas às federações de cada esporte. A russa Yulia Efimova havia sido impedida de vir ao Rio para os Jogos Olímpicos, mas uma decisão do Tribunal Arbitral do Esporte permitiu que a nadadora competisse.

Efimova vem sofrendo com as consequências dessa decisão, sendo vaiada a cada vez que é anunciada no Estádio Aquático Olímpico para disputar alguma prova, mostrando que o público não apoia esse tipo de atitude. Além disso, os próprios atletas têm falado a respeito do caso, mostrando preocupação com o que isso significa para o esporte.

O estadunidense Michael Phelps, certamente o maior nome da natação na atualidade, deu sua opinião a respeito: "Gostaria que alguém fizesse algo a respeito. Acho que vai contra o que o esporte deve ser e é isso que me irrita", declarou o nadador.

Phelps criticou diretamente a nadadora russa, mesmo sem citá-la: "Acho que o esporte tem que ser limpo e tem que ser disputado somente dentro das arenas. Corta o meu coração ter alguém que testou positivo não somente uma, mas duas vezes no doping e ainda assim tem a oportunidade competir nos Jogos Olímpicos", disparou a lenda.

Yulia Efimova não só competiu na Rio 2016, como também levou uma medalha para casa. A russa disputou os 100m peito e voltará para casa com a medalha de prata da prova, vencida pela americana Kathleen Baker, que também fez comentário sobre o acontecido. "É minha primeira Olímpiada representado os Estados Unidos. Foi incrível estar competindo, ganhar a medalha de ouro e saber que venci limpa", declarou em coletiva de imprensa.