Susana Schnarndorf Ribeiro teve uma carreira muito vitoriosa até os 37 anos. Pentacampeã brasileira de triatlo e com treze Ironman completos, a atleta era um dos principais nomes do esporte. Porém, Susana descobriu que era portadora da síndrome Shy Drager, doença degenerativa muscular que paralisa toda a musculatura e afeta principalmente o pulmão. Atualmente com 48 anos, ela virou nadadora paralímpica e busca sua primeira medalha nos Jogos.

Antes da doença, Susana Schnarndorf fazia de tudo e era uma grande triatleta. Entretanto, quando descobriu que tinha Shy Drager e os médicos deram apenas dois anos de vida, a realidade da esportista mudou completamente e por anos ela apenas esperou que a morte chegasse. Há onze anos com essa condição, Susana decidiu aproveitar o tempo que tinha e voltou ao esporte, desta vez na natação.

Por recomendação médica, a nadadora ultrapassou as dificuldades, a paralisia e a depressão, conseguindo começar uma nova história dentro do esporte e das piscinas. Com expectativa de vida de 15 anos para os portadores da doença, Susana aprendeu a viver sem planejamentos longos e é feliz desta forma.

Fácil passou longe do dicionário de Schnarndof, mas ela não desistiu. Desde o diagnóstico, que demorou quatro anos depois que Susana descobriu a doença, a atleta bateu vários recordes brasileiros de natação e foi campeã mundial em 2013, além de disputar o Parapan em Toronto 2015.

Não é o primeiro desafio Paralímpico da nadadora. Em Londres 2012, ela já fez uma participação e, apesar de sair sem medalhas, colocou seu nome como possível esperança para a Rio 2016.

Em seu currículo, estão cinco medalhas de ouro no CanAm Swimming, competição disputada no Canadá, dois ouros, nos 50m livre e 4x50m livre, e três de prata, nos 400m livre, 100m peito e 200m medley, um campeonato mundial nos 100m peito e bronze nos 400m livre. Susana também é recordista brasileira dos 50, 100 e 400m livres,100m peito e 200m medley.