Em terceiro na classificação geral do Campeonato Brasileiro da Fórmula Truck, Diogo Pachenki só tem um objetivo na corrida do próximo dia 9 de outubro no Autódromo Zilmar Beux, em Cascavel, Oeste do Paraná. Ele quer ganhar ou ganhar. Ou melhor, repetir a primeira vitória na categoria, conquistada na etapa anterior, disputada na também veloz pista gaúcha de Tarumã, na cidade de Viamão. O motivo da decisão radical é sua situação na tabela, onde tem 230 pontos contra 249 de Paulo Salustiano, o vice-líder e 281 do primeiro colocado Felipe Giaffone. Sua desvantagem é que terá de fazer um descarte obrigatório, mas não poderá eliminar o resultado de Interlagos, quando foi excluído da corrida.

"Sei que não dependo mais somente dos meus próprios resultados, mas vou correr em casa com o objetivo de vencer ou vencer. Sei que se ganhar todas as três corridas até o final do ano, me mantenho na disputa do título. Não torço para que algo de errado aconteça com os dois (Felipe e Salustiano), mas problemas acontecem nas corridas e aí estarei na briga de novo. Por enquanto só penso nos meus resultados e em nada mais", completa Pachenki, natural de Cascavel.

Enquanto vários pilotos sentem a pressão quando correm eu suas cidades de origem e reclamam da forte pressão pela vitória, Diogo garante que isso não acontece com ele. Formada, em sua maioria, por amigos, parentes e funcionários da Copacol, seu principal patrocinador, sua torcida vai ao autódromo para apoiá-lo da melhor maneira possível.

"Seria fantástico ganhar em casa. Minha família mora em Cascavel, meu parceiro comercial, a Copacol, é da cidade e se eu vencer pela segunda vez na Truck, será a primeira em Cascavel, e todos aqui estarão torcendo por mim, mas sem a pressão de exigir vitória. Meu foco é corrida a corrida", completou o piloto que tem passagem por várias outras categorias do automobilismo brasileiro.

Restritores de potência

De acordo com o regulamento, o líder do Campeonato Brasileiro, Felipe Giaffone (Volkswagen Constellation), usa o restritor de 70 milímetros, o que o leva a perder algo em torno de 140 cavalos. O segundo colocado Paulo Salustiano, piloto do Mercedes-Benz, vai com o de 72mm e deixa de usar cerca de 120 HP. Diogo Pachenki (Mercedes-Benz), o terceiro colocado, levará o restritor de 74mm, com 100 cavalos de perda. O cascavelense David Muffato (MAN), o quarto colocado, vai com o de 76 milímetros e perde 50 HP, e o quinto na tabela da classificação geral, André Marques (Volkswagen Constellation), usará o de 78mm e não utiliza 30 cavalos.

Dados de média de velocidade

As duas pistas com média de velocidade mais alta no Brasil são Cascavel e Tarumã, a próxima e a etapa anterior da Fórmula Truck. Enquanto os caminhões atingiram a média de 142,1 km/h na temporada passada, quando o restritor do líder era de 74 mm (neste ano é de 70mm), em Tarumã nesta temporada (já com os novos restritores) o pole position fez média de 117,1 km/h.