Jolyon Palmer conseguiu em 2014 uma glória almejada por muitos pilotos jovens: vencer a GP2, principal categoria de acesso para a Fórmula 1. Porém, apesar do triunfo, o britânico não conseguiu uma vaga na F1, o que o deixou bastante indignado. Ele venceu o título no GP da Rússia, em Sochi, com uma etapa de antecedência (a última da GP2 foi em Abu Dhabi), superando o brasileiro Felipe Nasr, que terminou na terceira colocação da tabela. Nasr conseguiu uma vaga na Sauber, ao lado do sueco Marcus Ericsson, enquanto Palmer continua procurando um lugar na F1, o que não o deixou muito feliz.

''É realmente desmotivante, porque pilotos que eu venci estão no grid e não tem nada que eu possa fazer a respeitoGanhei o campeonato com uma etapa de antecedência, fiz absolutamente tudo que podia neste ano e ganhei o título da GP2 também com um pouco de estilo, e quem eu bati está no grid, e eu não. Mas este é o estado da F1 neste ano. Ele tem apoio (Banco do Brasil) e a Sauber precisa desse apoio. Fico chateado se penso muito nisso, então o melhor é focar no que posso fazer, e não me preocupar com o que os outros estão fazendo e visar o meu próprio futuro'', acrescentou, alfinetando a contratação de Nasr pela Sauber.

Porém, apesar dos problemas, o britânico disse que o fato do campeão da GP2 não participar da F1 não muda a reputação da categoria (se não conseguir vaga, Palmer será o terceiro campeão seguido da GP2 a não conseguir vaga na Fórmula 1 - os outros foram Davide Valsecchi e Fabio Leimer), e que algumas equipes, como a Sauber, necessitam do dinheiro de patrocinadores.

''Acho que é uma mensagem ruim, pois qual o sentido de vencer se isso não te coloca à frente do cara que terminou em terceiro no campeonato? Nasr mostrou que também é um bom piloto e provavelmente merece um lugar na F1, mas vencê-lo deveria me credenciar para uma vaga na categoria'', disse Palmer. “Mas, ao mesmo tempo, o que eles podem fazer? É o estado da F1 no momento, o dinheiro é crucial e isso é algo que ele tem em abundância'', complementou.