Já se passou a primeira parte do Mundial da Fórmula 1, e agora, têm-se a verdadeira noção da hierarquia de forças da categoria. Mercedes liderando, com ameaças constantes da Ferrari, e a Williams atrás, mas um pouco distante. Em 2014, o time de Grove era a segunda força, perdendo tal posto para o time de Maranello, que sofreu grandes reformas na estrutura do time, desde à filosofia de gestão até os pilotos.

Tendo que enfrentar uma Ferrari forte e reestruturada, por mais que o seu FW37 com motores Mercedes forme um conjunto eficiente, além das várias atualizações previstas para o GP da Espanha, a Williams não crê que alcançará o posto de segunda melhor equipe nessa temporada, segundo o diretor de performance, Rob Smedley.

"Depois das primeiras quatro corridas, você já pode ver a escala de forças. Estamos preparando uma série de atualizações para Barcelona, mas alcançar a Ferrari será muito difícil”, disse ele.       

As palavras de Smedley foram sustentadas por Felipe Massa e Claire Williams, quando ambos se referiram ao aporte financeiro do time italiano. O piloto brasileiro, que já esteve do outro lado, reconhece que a Ferrari tem muito mais poder de investimento que a equipe britânica, e essa diferença já está dando resultado nas pitas. A diretora executiva do time de Grove, embora reconheça o desequilíbrio financeiro, realça que ser a terceira força não é "tão ruim".

“Sempre disse que a questão é trabalhar mais duro e inteligente que os outros. Ferrari e McLaren sempre tiveram orçamentos maiores que os nossos, e ainda assim ganhamos 16 títulos deles. Ouvi dizer que a Ferrari está investindo US$ 100 milhões a mais para voltar ao topo da F1, e isso representa todo o nosso orçamento”, disse a dirigente. Estima-se que a Ferrari investiu em média 300 milhões de Euros para essa temporada.

Pois mais que o fator "dinheiro" faça diferença, no caso da Williams, o fator de engenharia está sendo o mais importante: "Nós já tiramos um bom potencial dos nossos carros. Esse trabalho segue em frente, mas não esperamos conseguir aumentar rapidamente o nosso ritmo. Além disso, não podemos esquecer que, por trás de nós, há equipes como a Red Bull, que é uma grande empresa, muito bem equipada e com um orçamento bastante considerável”, disse Smedley.

“Quando eles resolverem seus problemas, certamente estarão numa posição muito melhor do que agora. No geral, todos os nossos principais adversários são muito fortes”, finalizou o engenheiro britânico", completou.