Depois de seis anos, a Renault voltará à Fórmula 1. A poderosa montadora francesa comprou a Lotus, e terá novamente uma equipe própria na categoria. A princípio, era certo que a marca manteria os dois pilotos que já haviam sido confirmados anteriormente pela Lotus: o britânico Jolyon Palmer e o venezuelano Pastor Maldonado. Porém, graças a este último, nem tudo parece estar definido.

Nesta quinta-feira (28), a conceituada revista automobilística Autosport publicou a informação de que a Renault deve trocar Maldonado por Kevin Magnussen. A confirmação deverá ser feita na próxima quarta-feira (03/02), quando o carro da equipe francesa será lançado em Paris. O motivo da troca seria financeiro.

Segundo a Autosport, o poderoso patrocínio de 46 milhões de dólares da petrolífera estatal venezuelana, a PDVSA, ao seu conterrâneo deve acabar, e um possível acordo entre as partes é visto como “improvável”, o que encerraria as esperanças de Maldonado até mesmo de permanecer na Fórmula 1. Com isso, as portas se abrem para Magnussen.

O jovem dinamarquês, filho do ex-piloto Jan Magnussen, estreou em 2014 pela McLaren, ao lado de Jenson Button, e logo em sua estreia conseguiu um pódio, com um segundo lugar no Grande Prêmio da Austrália. Com o resultado, ele tornou-se o terceiro piloto da história a subir no pódio em sua estreia no certame, ao lado de Jacques Villeneuve em 1996 e Lewis Hamilton em 2007, ambos também em Melbourne.

Depois de um ano como titular, com 55 pontos e um 11º lugar no campeonato de pilotos, Magnussen viu a chegada de Fernando Alonso, após de cinco anos na Ferrari, e acabou sendo relegado a piloto de testes da equipe inglesa. No fim de 2015 acabou sendo demitido pela McLaren (o anúncio ficou marcado por ter sido feito em 05 de outubro, justamente no dia do seu aniversário de 23 anos).

Procurada pelo site Motorsport.com, a assessoria de imprensa de Maldonado não quis comentar o assunto. Porém, mesmo que a Renault venha a anunciar Magnussen, nem tudo está perdido para ele. Se as negociações com a PDVSA (que têm receio em patrociná-lo graças ao momento instável da política e da economia venezuelanas) derem certo, torna-se acessível uma vaga na Manor, única equipe que ainda têm assentos disponíveis para a temporada de 2016 da F1.

Se o acordo não acontecer, tudo indica que será o fim da passagem de Pastor na categoria. Ele estreou na Fórmula 1 em 2011, esteve presente em 95 largadas, e conquistou uma pole-position e uma vitória, ambos no Grande Prêmio da Espanha de 2012. Aquele também foi o último triunfo da Williams desde então.

Pastor Maldonado deve perder a sua vaga na Renault para esta temporada (Foto: Getty Images)
Pastor Maldonado deve perder a sua vaga na Renault para esta temporada (Foto: Getty Images)