Após o período dos V8 Aspirados em que a aerodinâmica era o fator essencial para se projetar um carro campeão, a nova era turbo quebrou essa paradigma ligeiramente. Ainda em processo de desenvolvimento, as novas unidades de potência ainda não atingiram seu auge de desenvolvimento e, por isso, ainda há equipes que devem se adaptar aos prejuízos origniados por um motor mais fraco. Exemplo claro de quem convive com essa situação é a Red Bull. Mesmo não tendo o melhor motor do grid, que atualmente é o Mercedes, a equipe de Dietrich Mateschitz tem o melhor chassi do grid. Portanto, explicado um dos motivos da vitória de Max Verstappen na Espanha.

Por falar em Espanha, o circuito de Barcelona é considerado o lugar ideal para testar os carros da categoria, já que une as mais várias circunstâncias de curvas velozes, lentas, subidas, decidas, acelerações e desacelerações em um único traçado.

Red Bull RB12

Red Bull RB12 (Foto: Getty Images)

Projetado por Rob Marshall com auxílio de Adrian Newey, o RB12 dos taurinos é considerado o melhor chassi da temporada. E não existe dúvidas disso após os recentes resultados na China e na Espanha. Com frenagens inigualáveis, super-estável em altas velocidade, devido à capacidade de gerar bastante downforce, e bastante sólido nas entredas e transições de trechos lentos, o RB12 só não vence mais corridas porque não mais potência. Se usassem os motores Mercedes, não há dúvidas de que as vitórias seriam corriqueiras. 

Mercedes W07

Mercedes W07 (Foto: Getty Images)

Muitos dizem que a Mercedes só vence porque tem o melhor motor. Se fosse de tal modo, as equipes clientes da montadora alemã também venceriam, que não é o caso. O chassi W07 é uma sólida evolução do W06 e tem dominado brilhantemente a temporada até então, apesar da proximidade de outras equipes como Red Bull e Ferrari. Projetado por Aldo Costa e Paddy Lowe, o carro de Lewis Hamilon e Nico Rosberg  não tem a mesma postura do RB12 no contorno de curvas de alta e de baixa, entretanto não está tão longe de tal.

Ferrari SF16-H

Ferrari SF16-H (Foto: Getty Images)

No início da temporada, a Ferrari estava sendo vista como a Kriptonita da Mercedes. Porém, em pista não tem se mostrado tão eficiente a tal ponto, apesar dos inúmeros azares pelos quais sofreu durante as primeiras cinco provas. Mas, o chassi se mostra sempre bastante equilibrado, por mais que não tenha a velocidade final das Mercedes, nem a rapidez em curvas de baixa da Red Bull.

Mclaren MP4-31

Mclaren MP4-31 (Foto: Getty Images)

A Mclaren tem, em termos de potência, o pior motor do grid, o da Honda, e isso compromete ligeiramente a produção de downforce do chassi. Mas, é a unidade de potência que tem maior margem para evolução e já há rumores de que o time inglês já possui o processo de desenvolvimento das unidades de potência melhores que a Mercedes.  Enquanto, o time ainda vai se encontrando com seus motores, o chassi da galera de Woking já é considerado um dos melhores do grid atual. Apesar das rápidas sáidas de traseira, o MP4-31 é muito capaz, principalmente em trechos de baixa velocidade. 

Toro Rosso STR11

Toro Rosso STR11 (Foto: Getty Images)

Desde o ano pasado, a Toro Rosso tem feito bons carros, e o chassi atual não foge da regra. O STR11 aparenta ser bastante eficiente e guiável, principalmente em altas velocidades. Entretanto, frenagens e rendimento em baixa velocidade não são os melhores. Além disso, a Toro Rosso ainda tem de lidar com a desvantagem de usar motores Ferrari de 2015.

Williams FW38

Williams FW38 (Foto: Getty Images)

O atual chassi da Williams não tem se mostrado tão eficiente e competitivo como seus dois antecessores, se comparado com os rivais. Mas, as unidades de potência da Mercedes têm feito o time de Grove se sair melhor do que outras equipes, as quais contruiram chassis melhores. O FW38 tem apresentado um certo desequilíbrio em curvas de alta velocidade, obrigando aos pilotos fazerem linhas bastante precisas. Melhorou o rendimento em curva de baixa, apesar de não ter sido o suficiente. Mas, o carro continua sólido em vários aspectos, como a tração. 

Force India VJM09

Force India VJM09 (Foto: Getty Images)

O chassi da Force India se comporta muito bem nas entradas e saídas de curvas. Por isso, é muito eficiente em  trechos lentos. Porém, carece de mais downforce e tração para manter a traseira bastante aderente, possivelmente perdida após adotar uma traseira mais alta tal qual a Red Bull. Uma atualização recente aproximou os carros indianos à Williams.

Renault RS16

Renault RS16 (Foto: Getty Images)

Esse é, em essência, o Lotus E23 do ano passado - um chassi eficiente, por sinal - com motor Renault. Parece guiável, mas falta downforce e potência para fazer com que o carro tenha resultados melhores. A Renault pode se tornar uma ameaça no pelotão intermediário, se as atualizações para chassi e motor trabalharem como o esperado.

Haas VF-16

Haas VF-16 (Foto: Getty Images)

O primeiro carro da Haas nasceu bem, mas seu desenvolvimento já se encerrou, segundo a equipe, para transferir à temporada seguinte. O VF-16 parece nervoso em altas velocidades, principalmente em contornos rápidos da direita para esquerda, mas tem a tração e a velocidade final em reta como pontos fortes. Guardadas as devidas proporções, A Haas, no fim das contas, seria uma Williams de motor Ferrari.  

Sauber C35

Sauber C35 (Foto: Getty Images)

O C35 é uma evolução do C34, que nasceu bem mas não teve fortes evoluções por causa da situação financeira da equipe suíça. E a situação não é diferente para a equipe nessa temporada. Devido à falta de atualizações, a Sauber está escorregando gradativamente para o fim do pelotão e, hoje, briga com a Manor para não ser a pior equipe do grid. O C35 é inerentemente mais rápido que a Manor, apesar de usar um motor pior. Além disso, o carro tem mostrado, principalmente, o ritmo de corrida como ponto forte. 

Manor MRT05

Manor MRT05 (Foto: Getty Images)

A Manor é uma das equipes que mais evoluiu da temporada passada para a atual. Mas, o chassi do time apresenta linhas bastante simples que os outros carros do grid. Então, falta de forma significativa downforce e tração que, se trabalhados fortemente, deverá incomodar no pelotão do meio com muito mais frequência, deixando de ser uma equipe que apenas completa o grid.