Com um histórico de mudanças ao longo dos anos, o tiro esportivo estreou nos Jogos Paralímpicos em Toronto-1976, sendo disputado apenas por homens. Porém, não demorou muito para esse quadro mudar. As mulheres entraram na modalidade quatro anos depois, na Paralimpíada de Arnhem-1980. Por se tratar de um esporte muito técnico, a classificação é dividida em duas classes esportivas, sendo elas: SH1 e SH2, respectivamente.

A principal diferença entre os módulos é o fato de que atletas do SH2 podem usar suporte especial para a arma, pois devido a deficiência não possuem condições de suportar o peso do equipamento. Por isso, é permitido também o uso de mesas e cadeiras como auxilio durante a prova. Já no SH1 existem dois tipos de disputa, pode-se competir com pistola ou carabina, ambas não necessitam de suporte nesta classe. 

Existe um sistema de pontuação funcional na modalidade, por esse motivo é possível que haja atletas com deficiências distintas competindo juntos. As regras variam de acordo com a prova em disputa. Há mudanças de posição, distância, tempo e quantidade de disparos, além de diferentes tipos de alvo.

A contagem de pontos é feita através dos acertos no alvo, com a numeração de um a dez. O disparo efetuado na circunferência mais externa vale um ponto, assim sucessivamente até chegar a parte mais interna, que possui o valor máximo. Se torna vencedor o atleta que atingir mais pontos, sendo somado os acertos da fase de classificação e fase final do torneio.

O tiro esportivo possui três categorias: Masculino, feminino e misto. Na Paralimpíada de 1984 - disputada em duas cidades diferentes - a categoria mista foi retirada da fórmula de disputa, retornando nos Jogos de Barcelona-1992, mas dessa vez, no lugar da classe feminina. Somente na Paralimpíada de Atlanta-1996 os três grupos voltaram a competir, e desde então esse é o formato utilizado até hoje.

Paraesportistas competindo no Mundial da Alemanha (Foto: JINews/Reprodução)
Paraesportistas competindo no Mundial da Alemanha (Foto: JINews/Reprodução)

O Brasil só estreou nesta modalidade paralímpica nos Jogos de Pequim. Até hoje, apenas um atleta representou o pais. Carlos Henrique Procopiak Garletti competiu nas provas de carabina na Paralimpiada de Pequim-2008 e Londres-2012, mas não conquistou medalha em nenhuma das duas competições. o paraesportista vai disputar sua terceira edição consecutiva nos Jogos paralímpicos Rio 2016 e conta com a força da torcida brasileira. O Centro Olimpíco de Tiro fica localizado em Deodoro, zona oeste da cidade, atribuindo toda a infraestrutura necessária para receber o evento.

Dois nomes possuem grandes chances de conquistar medalha na Paralimpíada Rio-2016. O sueco Jonas Jakobsson é o maior medalhista paralímpico da história dos Jogos na modalidade com 25 condecorações no total. São 16 medalhas de ouro, uma de prata e oito bronzes. O paraesportista compete pela categoria Carabina de ar 10m masculino. Pelo feminino, a australiana Elizabeth Kosmala rouba a cena. Com 74 anos, Kosmala possui 11 medalhas paralímpicas, sendo oito de ouro e três de prata. A atleta disputa a prova Carabina de ar, 10m feminino. 

No último mundial classificatório, realizado na Alemanha, a Córeia do Sul conquistou 11 vagas na Paralímpiada Rio-2016. Tornando-se assim o país com mais representantes na modalidade.

Nos Jogos Paralímpicos de Londres-2012 houveram seis provas na categoria mista. Apenas uma mulher conquistou medalha na ocasião. A chinesa Cuiping Zhang ficou com o bronze na prova de Carabina deitada 10m, somando 705, 8 pontos. Com ampla vantagem masculina, conquistando 17 medalhas das 18 possíveis, o britânico Matthew Skelhon garantiu ouro na então categoria.

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Sobre o autor
Felipe Targino
Carioca, 23 anos. Fã de música e futebol. com objetivo de ser Jornalista Esportivo