Exposição 'Mulheres no Futebol' dá pontapé inicial ao II Simpósio Internacional
II Simpósio Internacional de Futebol, Linguagem, Artes, Cultura e Lazer acontece até sábado (10) (Foto: Matheus Adler/VAVEL Brasil)

A segunda edição do Simpósio Internacional de Futebol, Linguagem, Artes, Cultura e Lazer teve início na tarde da última quinta-feira (8), no Museu Brasileiro do Futebol, no Estádio Mineirão. O primeiro dia do evento – promovido pelos núcleos de pesquisas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), GEFuT (Grupos de Estudos sobre Futebol e Torcidas) e FULIA (Núcleo de Estudos sobre Futebol, Linguagem e Artes) – durou quatro horas e contou com muitas atrações.

A primeira atividade do II Simpósio foi a gravação do programa Óbvio Ululante, que vai ao ar às quartas-feiras, das 18h às 19h, na Rádio UFMG Educativa, 104,5 FM. O professor da EEFFTO (Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional) e coordenador do grupo do GEFuT, Silvio Ricardo da Silva, e o coordenador do FULIA, Elcio Loureiro Cornelsen, participaram da atração ao lado de outros integrantes que compõem o GEFuT.

Posteriormente, a professora de Educação Física da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Silvana Vilodre Goellner, subiu ao palco para dar início à exposição “Mulheres no Futebol”. Silvana, cujo produziu a exibição em 2014 junto com sua equipe, comentou sobre o desinteresse para com o futebol feminino desde a criação do jogo.

A gente começou a trabalhar já em 2014. Quem não acompanha, sabe muito pouco sobre as mulheres no futebol. Na história oficial, elas quase não aparecem. Para a gente se organizar, foi uma pesquisa intensa de jornais e fotografias, contatos com as atletas, treinadoras, jornalistas e algumas árbitras. Foi o projeto mais bonito que eu já participei”, afirmou.

Foto: Matheus Adler / VAVEL Brasil
Foto: Matheus Adler / VAVEL Brasil

A professora relembrou um momento difícil para o futebol jogado por mulheres no Brasil. “Para quem não conhece, o futebol feminino ficou esquecido no Brasil por quase 40 anos e regularizado em 1973. Então, muito dessa ausência, se deve a essa proibição. Trazer essas histórias à tona é algo que constantemente tem partido dessa iniciativa. Elas têm pautado outras possibilidades”, frisou Silvana, que ainda fez um apelo: “Que o futebol feminino seja pauta de nossa agenda política e pedagógica não somente em ano de Olimpíada e quando os homens não vão bem”.

A última palavra da noite ficou por conta do professor Ramon Llopis-Goig, da Universidade de Valencia, na Espanha. Ele apresentou resultados do projeto FREE, um conjunto de estudos transdisciplinares que mira entender os impactos do futebol no continente europeu com a ajuda das mais diversas pesquisas nos campos de Antropologia, Ciência Política, Relações Internacionais, História e Sociologia.

Foto: Matheus Adler / VAVEL Brasil
Foto: Matheus Adler / VAVEL Brasil

Na palestra, Ramon apresentou um repertório de tópicos para destrinchar o atual cenário do futebol europeu. Memória, identidade, feminilização, esfera pública, transnacionalismo e governança do esporte mais popular do mundo praticado no Velho Continente foram alguns dos itens analisados pelo professor espanhol.

O Simpósio Internacional de Futebol, Linguagem, Artes, Cultura e Lazer segue nesta sexta-feira (9), das 9h30 às 20h, e vai até o sábado (10). Confira aqui a programação para o restante do evento.

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