Quando se falam de Roger Federer, automaticamente ligam a sua imagem ao topo do tênis mundial, algo muito costumeiro para quem tem 17 torneios do Grand Slam, 23 Masters 1000 e 6 Masters Cup entre seus 85 torneios ATP, e um recorde de 302 semanas como número 1 mundial entre 2004 e 2012. Sem dúvidas se trata de um dos maiores tenistas de todos os tempos, para alguns o melhor da história. Em 2015 o suiço já não é o mesmo de outrora, o físico já não é mais tão impecável como antes, mas a técnica segue igual, e a vontade de jogar é a mesma de quando iniciou a carreira, não é por acaso que Roger Federer hoje é o segundo melhor tenista no rank da ATP.

Federer e os seus vices em Garros

Apesar de ser um recordista em títulos de Grand Slam, apenas um foi conquistado no saibro sagrado de Paris, onde Roger Federer sofreu um bocado com a supremacia do espanhol Rafael Nadal em Roland Garros. O suiço chegou a final do torneio pela primeira vez em 2006, onde foi derrotado pelo espanhol em três sets a um. Em 2007 ele teve a revanche, mas não conseguiu dar o troco, novamente derrotado por três sets a um. Em 2008 a final se repetia pela terceira vez, e novamente Federer não aguentou a esquerda de Nadal e acabou perdendo por três sets a zero. Em 2009 enfim o título veio, na final contra o sueco Robin Soderling, o suiço venceu por três sets a um e conquistou pela primeira vez o torneio de Paris, e assim conquistando o título Career Slam, o qual é dado para os tenistas que conquistam os quatro torneios de Grand Slam em simples independente de ser consecutivamente ou não.

O título e a emoção do suiço

Em 2009 Roger Federer iniciou sua saga no saibro francês vencendo o espanhol Alberto Martín por três sets a zero na primeira rodada do torneio. Já na segunda a vítima foi o argentino José Acasuso, que foi derrotado por três sets a um, igual o francês Paul-Henri Mathieu na terceira rodada. Já na quarta rodada o suiço levou um susto, enfrentando o alemão Tommy Haas, viu o adversário abrir dois sets a zero, porém com uma virada incrivel, Federer virou o jogo e venceu por três sets a dois, com parciais de 6/7, 5/7, 6/4, 6/0 e 6/2. Na mesma fase do torneio, viu seu grande algoz dos três anos anteriores, Rafael Nadal, ser eliminado pelo sueco Robin Söderling, por três sets a um, o qual seria seu adversário na grande final.

Nas quartas, Roger Federer enfrentou o tenista da casa, Gael Monfils, e não tomou conhecimento, fazendo três sets a zero e selando a sua classificação para as semis. Na fase semifinal o suiço enfrentou o argentino Juan Martín Del Potro, que dificultou a vida do suiço, chegando a estar a partida por dois sets a um. Mas Federer conseguiu virar e vencer o jogo por três sets a dois, com parciais de 3/6, 7/6, 2/6, 6/1 e 6/4, e assim indo para a tua quarta final seguida em Roland Garros.

A grande final foi contra o sueco Robin Söderling, o qual havia derrotado o espanhol e atual tricampeão do torneio, Rafael Nadal. O jogo não foi nada do esperado, pelo menos para o suecos e teus fãs, o suiço atropelou e sagrou-se campeão pela primeira vez do torneio de Roland Garros, vencendo Söderling por três sets a zero, com parciais de 6/1, 7/6 e 6/4, em 1 hora e 55 minutos de partida, e assim colocando de vez o seu nome na história do tênis mundial e francês.

Após o jogo, Roger Federer disse em tom de desabafo: ''Essa é, provavelmente, a maior vitória da minha carreira. E tirou o maior peso dos meus ombros. Acho que agora, e até o fim da minha carreira, eu vou poder jogar com a minha cabeça em paz e não vou mais ouvir que eu nunca ganhei em Roland Garros.''

Já o sueco que ficou com o vice daquele ano, reconheceu a superioridade de Federer e o elogiou após o jogo:

“Roger, parabéns! Hoje você me deu uma lição de como se joga tênis, Para mim, você é o maior tenista da história. Então, você realmente mereceu vencer este título.''

Hoje o adversário é outro

Se em quase toda sua carreira no saibro francês, o adversário foi Rafael Nadal, esse ano o favoritismo aponta para Novak Djokovic. O sérvio que vem de um grande ano recheado de títulos e jogando um grande tênis, é apontado pela maioria dos especialistas como o grande favorito para vencer a edição de 2015 do torneio francês. Rafael Nadal vive má fase, sendo 2015 o ano que mais sofreu derrotas no saibro, o qual é a sua especialidade, logo sobrou para Roger Federer o cargo de ser o grande adversário de Djokovic esse ano no torneio. Mas o próprio não se considera nenhum pouco favorito, e jogou para Nadal e Djoko a responsabilidade:

"Para mim, Nadal será o favorito em Roland Garros junto com Djokovic, que está jogando muito bem neste momento" e ainda comentou sobre o momento vivido por Nadal, "Apesar de não estar em uma forma como em outros anos, tenho certeza de que será muito difícil de vencê-lo em Paris. Para mim, o Nadal ainda é o favorito para ganhar Roland Garros. Um jogador que em 10 anos só perdeu por uma vez no torneio (em 2009 para Robin Söderling), tem de ser o maior favorito".

Para vencer o torneio pela segunda vez na carreira, Roger Federer terá que melhorar teu retrospecto contra Novak Djokovic no ano. O suiço vem de derrota recente para o sérvio na final do Masters 1000 de Roma, por dois sets a zero, e já havia perdido a final de Indian Wells para o mesmo em abril. Apesar de não ser especialista no saibro, o suiço conquistou o título do ATP 250 de Istambul no começo do mês, vencendo o uruguaio Pablo Cuevas por dois sets a zero, com parciais de 6/3 e 7/6.

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