Dono de 65 títulos ATP, sendo 29 Masters 1000 e 11 Grand Slam, Novak Djokovic, número um do mundo, almeja o título que ainda lhe falta: Roland Garros. Em sua 12° participação no charmoso Grand Slam do saibro, o sérvio espera perder a sina de vice e levantar a taça em 2016.

Djokovic não é o primeiro grande tenista a viver com a sombra de não vencer o Roland Garros, Federer sofreu para conquistar o seu, até que chegou o momento em 2009 e comemorou como nunca. Outra lenda do tênis que sofreu com isso foi Peter Sampras, o americano nunca conquistou a Copa dos Mosqueteiros. 

O começo em Paris

O sérvio é considerado um dos mais completos tenistas de todos os tempos, muito devidamente pela ausência de pontos fracos, o que é verdade, porém o saibro segue sendo o seu terreno mais árduo. Sua primeira aparição no torneio parisiense foi em 2006, quando venceu o americano Robby Ginepri e avançou de fase. Porém no jogo seguinte contra o argentino Guillermo Coria, acabou abandonando a partida por problemas respiratórios e se despediu de Paris naquele ano.

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A primeira final

Em 2012, Djokovic fez um de seus jogos mais espetaculares em Roland Garros, quando venceu francês Jo-Wilfried Tsonga nas quartas de final, numa virada espetacular fazendo três sets a dois depois de estar perdendo por dois a um e ter salvo quatro match points no quarto set. 

Na semifinal enfrentou Roger Federer, e passou pelo suiço em sets diretos com parciais de 6/4, 7/5 e 6/3. Já em sua primeira final, encontrou o seu grande rival no circuito da ATP e maior campeão da história de Garros, o espanhol Rafael Nadal. Partida foi marcada por paralisações e acabou adiada para o outro dia. No fim, o sérvio acabou derrotado pelo espanhol por três sets a um,  com parciais de 6/4, 6/3, 2/6 e 7/5 e teve seu sonho de vencer Garros frustado numa final pela primeira vez.

Revanche contra Nadal

Em 2014, novamente Djokovic encontrou Rafael Nadal na final, mas dessa vez a revanche valia bem mais. Além do título do Grand Slam, a final também valia a primeira colocação no ranking geral da ATP. No fim acabou novamente dando Nadal, que venceu por três sets a um, com parciais de  6/3, 5/7, 2/6 e 4/6, em uma partida de 3 horas e 31 minutos de duração.

"Foi um grande começo de partida, mas ele voltou no segundo set. Poderia ter levado para o tie-break, foi bem equilibrado. Eu perdi o serviço (quando Nadal tinha 6/5) e o momento passou a ser todo dele. Comecei a jogar mal e também não me movimentava bem. Fisicamente tive um pouco de dificuldade durante aquele terceiro set. Tentei fazer o meu melhor. Mas meu melhor hoje não foi como o melhor contra ele em Roma há algumas semanas. Nos momentos cruciais Nadal foi um jogador melhor. Claro que é decepcionante para mim, mas a vida continua. Não é a primeira ou a última vez que perdi uma partida" - lamentou Djokovic após a segunda derrota em finais no saibro francês.

A esquerda de Stan Wawrinka

Em 2015, Novak Djokovic teve um ano quase perfeito. Começou a Temporada vencendo pela quinta vez o Australian Open, e depois vencera também Wimbledon e o US Open. Ainda conquistou mais masters 1000 e outros títulos no decorrer da temporada. Mas a expectativa seguia em Garros.

Photo: Getty Images/Jean Catuffe

Chegou ao torneio pela primeira vez com total favoritismo, pela fase que vivia e pela queda de rendimento de Rafael Nadal, o qual encontrou logo nas quartas do torneio. Jogando muito bem, Djoko derrotou o espanhol, campeão nove vezes de Garros, por três sets a zero, com parciais de 7/5, 6/3 e 6/1 e avançou de fase em busca do inédito título.

Nas quartas o sérvio derrotou o britânico Andy Murray, seu freguês no saibro, e na finalissima encontrou o suiço Stan Wawrinka. O mundo inteiro dava Novak Djokovic como o farorito, e acreditavam que a hora havia chegado, porém uma esquerda mágica do adversário frustou todos os palpites.

O sérvio até começou vencendo, mas Wawrinka numa semana inspirada, e principalmente num dia mágico com uma esquerda espetacular, destruiu o sonho de Djoko em vencer Garros pela primeira vez e venceu a final por três sets a um, com parciais de 4/6, 6/4, 6/3 e 6/4.

2016 novamente o favoritismo

Mais uma vez o sérvio começou o ano com tudo, logo de cara com a conquista do Australian Open, e com isso ele igualou o recorde de Roy Emerson de títulos no torneio, chegando à sua sexta conquista e se tornando o maior campeão do torneio ao lado de Roy. Djokovic também se tornou o quinto maior vencedor de Grand Slam, empatado com os 11 de Bjorn Borg e Rod Laver.

No saibro venceu o Masters 1000 de Madri contra Andy Murray, e na semana seguinte perdeu a final para o britânico em Roma. Mais uma vez Djokovic chegará em Paris com a esperança e o favoritismo, e também trará a dúvida que temos, chegou a hora?

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