A Alemanha tem um bom retrospecto com suas tenistas no circuito profissional de tênis, tendo como grande ícone Steffi Graff, que durante os 17 anos que jogou profissionalmente, ganhou 22 títulos de Grand Slam, sendo 6 em Roland Garros, inclusive sendo o seu último no ano em que se retirou, em 1999.

Atualmente, uma de suas “pupilas” vem trilhando um caminho vencedor, mesmo que não seja idêntico ao seu. Angelique Kerber está no melhor momento da carreira aos 28 anos, tendo conquistado seu 1º Major, na Australia.

Começou bem cedo no tênis, aos 3 anos de idade em sua cidade natal, Bremen. Passou os anos 90 e início dos 2000 treinando e fazendo alguns jogos em nível ITF até 2003, quando se tornou profissional de vez, e conseguiu um Wild Card para jogar o qualifying do WTA de Berlin na época.

Desde então, vem tendo uma melhora de ranking e de tênis, mas não em uma velocidade alta. Somente em 2007 que ela conseguiu aparecer pela 1º vez no top 100 do ranking mundial, além de chegar uma quarta de final na grama de 's-Hertogenbosch, na Holanda. Fez sua 1º finald a carreira apenas em 2010, no saibro de Bogotá, além de semi em Luxemburgo. Entrou no top 50 neste ano.

Em 2011, chegou em outras semis, porém a mais importante foi no major americano (US Open), sendo seu melhor resultado até então (nunca passou de 3º rodada em Slams antes). No ano seguinte chegou ao top 5 do mundo, ganhando seus 2 primeiros títulos de WTA (Paris e Copenhagen), além de outra semi em Slam, desta vez em Wimbledon.

De 2013 até agora foram somados mais 7 títulos, sendo 3 deles em saibro (Stuttgart 2 vezes e Charleston – este saibro verde americano). O mais importante título veio este ano, no Australian Open.

EM ROLAND GARROS, KERBER É APENAS REGULAR

Apesar dela não ter preferência de piso, Agelique tem resultados medianos no aberto francês em toda sua carreira, já o tendo disputa 9 vezes até esta edição.

Em sua 1º aparição, em 2007, entrou direto na chave principal e caiu logo na estreia para então 13º cabeça de chave do torneio, a russa Elena Dementieva. Continuou esbarrando na 1º rodada até 2010, quando parou na 2º para a francesa Aravane Rezai, então 19° colocada no ranking mundial. Voltou a ser eliminada em estreia no ano seguinte.

Em 2012, já como top 10 do mundo, chegou a fase mais longe até hoje na carreira, as quartas. Passou pela então 20º colocada do mundo Flavia Pennetta, da Itália, na 3º rodada, e só parou nas quartas para outra italiana, Sara Errani, então 24º do mundo, em sets diretos.

Desde então, chegou a 2 oitavas seguidas, e no ano passado parou na 3º rodada. Em todos os casos, perdeu para tenistas abaixo de seu ranking, exemplo de Svetlana Kuznetsova em 2013, e Garbine Muguruza, ano passado.

UM ANO FANTÁSTICO, COM SUSTOS RECENTES

Neste 2016, a alemã vem tendo muitas felicidades no circuito profissional, isso desde o começo da temporada. Logo no 1º torneio do ano, em Brisbane, chegou na final, parando em Victoria Azarenka, que vem de retorno de lesão e com muito apetite. No torneio seguinte, em Sidney, acabou parando na 2º rodada por WO, seguindo direto para o major australiano, onde o conquistou de maneira impecável, passando pela sua algoz do começo do ano nas quartas, Azarenka, e pela líder absoluta do ranking mundial, Serena Williams, na grande final.

Voltou a perder para Azarenka, porém na semi de Miami, ainda em quadra rápida. Seu 1º desafio em saibro ocorreu em Charleston, nos Estados Unidos (saibro verde), onde fez novamente semi, perdendo para tenista da casa Sloane Stephens, se retirando no meio da partida com dores.

Dias depois fez 2 jogos pela FedCup, no saibro indoor na Romênia, contra Begu e Halep, vencendo os 2 jogos. Retornou para a Alemanha onde disputou o tradicional WTA de Stuttgart, vencendo o torneio. Depois disso, jogou mal em Madrid, levando 2 sets a 0 de Barbora Strycova logo na estreia do Premier Tournament. No campeonato seguinte, outra estreia frustrada, desta vez contra a canadense Eugenie Bouchard.

Para quem procura alguns outros títulos importantes, sendo 1 deles em RG como sua mentora Graf, Kerber vai precisar mostrar em Paris que as últimas 2 eliminações em torneios de saibro europeu foram apenas ponto fora da vírgula, e não uma fase ruim de um 2016 tão vitorioso até então.

FICHA TÉCNICA

Angelique Kerber

NASC: 18/01/1988 – 28 anos

LOCAL: Bremen

RESIDÊNCIA: Puszczykowo (Polônia)

RANKING ATUAL: 3º

MELHOR RANKING: 2º (em Fev/2016)

MELHOR RESULTADO EM RG: quartas em 2012 (d. Sara Errani 6/3 – 7/6)