Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro são a grande atração do esporte mundial na temporada 2016. É o momento onde as performances são eternizadas, em que pessoas comuns viram lendas e os atletas, ídolos. Um destes ídolos é o tenista espanhol Rafael Nadal, que, apesar de ser atualmente o quinto colocado no ranking mundial, trará consigo a história de um ouro, juntamente com a bandeira de seu país.

Rafael é natural de Manacor, cidade localizada na ilha de Mallorca, na Espanha. Canhoto, de 29 anos de idade e 1.85m de altura, é conhecido como "El Toro Miúra", apelido que ressalta sua característica mais marcante ao longo da carreira: a força física e o vigor interminável.

Carreira

Nadal passa longe de ser um jogador comum na história do tênis. Em toda sua carreira, já conquistou 14 títulos de Grand Slams, torneios do mais alto nível, ficando empatado com o americano Pete Sampras e atrás apenas do suíço Roger Federer, que tem 17. Muito novo, ele já atingia marcas incríveis, e com 22 anos já era líder do ranking mundial.

Impossível é falar do espanhol sem mencionar seus recordes no saibro. Considerado o rei da terra batida, ele conquistou o prestigiado torneio de Roland Garros em nove oportunidades até hoje, tendo perdido apenas dois jogos na história do torneio. Já venceu 49 títulos no saibro em sua carreira, e tem 92% de aproveitamento em jogos no piso.

Expectativa para o Rio 2016

No piso duro e temperatura alta, é no mínimo duvidoso falar de Rafael Nadal como favorito ao título novamente. É verdade que o espanhol vem fazendo grandes atuações em 2016, mas a resistência física já não é mais a mesma, e os problemas corporais enfrentados no Rio Open trazem dúvidas aos torcedores do espanhol.

Mas apesar disso, não se pode duvidar do "rei do saibro". As quadras duras podem não ser suas favoritas, mas ele já conquistou três Grand Slams e outros 14 títulos nesta superfície, sendo um deles nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Medalhas Olímpicas

O triunfo antes mencionado veio nas quadras do Olympic Green Tennis Center de Pequim. Naquela época, o natural de Manacor era o segundo colocado do ranking mundial, e não teve grandes dificuldades para vencer o único Ouro de sua carreira até então.

História do Ouro Olímpico

China e o mundo foram testemunhas de um título emocionante e inédito para o espanhol. Atuando com muita segurança, Rafael atropelou grande parte de seus adversários, perdendo apenas dois sets no caminho até a conquista.

Após um jogo difícil contra o italiano Potito Starace na primeira rodada, o canhoto finalmente deslanchou. Venceu o australiano e ex-número um do mundo, Lleyton Hewitt, perdendo apenas três games na partida. Depois, atropelou o russo Igor Andreev e o austríaco Jurgen Melzer, garantindo as semifinais do torneio.

Mesmo confiante, ainda permitiu-se perder um set para o sérvio e atual líder do ranking mundial, Novak Djokovic, que anotou um 6/1 antes de perder para o espanhol. Na final, Nadal encontrou o chileno Fernando Gonzalez, jogador perigosíssimo e com uma direita muito potente. 

Fernando havia vencido James Blake nas semifinais por 11/9 no terceiro set, e demonstrava muitos sinais de cansaço, fator decisivo para a final, que, nas Olimpíadas, pode ser de até cinco sets. Com confiança, Rafael atropelou o 12° cabeça de chave e venceu em sets diretos por 6/3, 7/6 e 6/3, atirando-se ao chão no momento da conquista de seu único Ouro Olímpico até hoje.