Atual 71º colocado no ranking de duplas da ATP, o tenista gaúcho Marcelo Demoliner de 27 anos vem em uma das melhores fases de sua carreira. Jogando ao lado de Marcus Daniell da Nova Zelândia, "Demo" - como é apelidado por seus fãs - atingiu a final do ATP 250 de Bastad, na Suécia, no último dia 17, quando acabou derrotado pelos espanhóis David Marrero e Marcel Granollers.

Em entrevista concedida especialmente à VAVEL Brasil, o tenista natural de Caxias do Sul (RS), comentou sobre sua segunda final de torneios da ATP na carreira - a primeira havia sido ainda neste ano, ao lado de Thomaz Bellucci em Quito, Equador. "Foi um ótimo torneio. Conseguimos aproveitar as oportunidades que tivemos até a final. Esse torneio me trouxe bastante confiança para o resto da temporada" analisou. 

Demoliner e Daniell em Bastad/ Foto: Marcelo Demoliner/ Facebook Divulgação
Demoliner e Daniell em Bastad/ Foto: Marcelo Demoliner/ Facebook Divulgação

Ainda no começo deste mês, Marcelo havia faturado o título do ATP Challenger de Todi, na Itália, jogando ao lado do compatriota Fabrício Neis - 103º do mundo em duplas - sobre a conquista, admitiu: "Credito a vitória à minha equipe da Tennis Route que está fazendo um grande trabalho não só comigo, como o Thiago Monteiro e outros atletas. Agradeço ao Neis também pela boa semana que tivemos."

"Vou trabalhar ainda mais duro para, quem sabe, estar na próxima Olimpíada"

Em relação à sua parceria ao lado do número um do Brasil, Thomaz Bellucci, com quem desejava ir à Olímpiada, Demoliner declarou: "A parceria deu muito certo, fizemos uma final de ATP 250 em Quito e depois uma semifinal de ATP 500 no Rio Open. As Olimpíadas foi questão de melhor ranking e eu estava atrás do Thomaz e do André Sá" mas se mostrou confiante: "Vou trabalhar ainda mais duro para quem sabe estar na próxima."

Demoliner e Bellucci em ação no Brasil Open/ Foto: Renato Miyaji/ VAVEL Brasil
Demoliner e Bellucci em ação no Brasil Open/ Foto: Renato Miyaji/ VAVEL Brasil

No mês passado, o gaúcho disputou o ATP Challenger de Ilkley e o Grand Slam de Wimbledon, ambos na Inglaterra, ao lado do ex-top 10 Aisam-Ul-Haq Qureshi do Paquistão. Sobre as duas semanas, disse: "Sempre é positivo jogar ao lado de quem já tem uma bagagem no circuito. Aprendi bastante com ele, jogamos dois torneios na grama inglesa. Foi uma experiência bacana."

No decorrer desta temporada, o brasileiro fez dupla ao lado de diversos parceiros, como Bellucci, Qureshi, Neis e Daniell."A questão de ter uma dupla fixa vai muito do ranking da parceria. Se a gente analisar, são poucas duplas fixas no circuito. Mas acho importante jogar com alguém que tu tenhas entrosamento e estou em busca disso" falou.

"Não gosto de ter expectativas, me tira do presente, do agora. No tênis cada semana temos novas oportunidades"

Demoliner ainda comentou sobre os recentes escândalos de apostas que permeiam o circuito: "É lamentável. Espero que a ATP consiga solucionar esse tema" e encerrou sem cravar metas para o segundo semestre. "Não gosto de ter expectativas, me tira do presente, do agora. No tênis cada semana temos novas oportunidades, espero cada vez mais aproveita-las" declarou.

Foto: Wander Roberto / Divulgação
Foto: Wander Roberto / Divulgação

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