Gustavo Kuerten, o ex tenista brasileiro, esteve presente nesta terça-feira, 25, no  Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) com o objetivo de se defender de pagamento de impostos e multas que podem ultrapassar o valor de R$ 5 milhões.

Guga foi acusado de usar uma empresa para pagar menos impostos e, tentou assim, provar que sua empresa - Guga Kuerten Participações e Empreendimentos - é regular. A Receita questiona o pagamento de Imposto de Renda sobre o rendimento com patrocínios e torneios entre 1999 e 2002.

A Receita compreende o rendimento do ex tenista é do próprio e, acredita assim, que deveria ser tributado somente como pessoa física.

Pagamos o preço pelos oportunistas, da falta de entendimento sobre o esporte. Para o atleta ter alto rendimento, ele precisa de uma estrutura profissional. No Brasil, hoje, você tem que provar que é inocente - diz o detentor de três Grand Slams se defendendo ao dizer que precisa de estrutura empresarial para realizar suas atividades, logo a remuneração decorrente de direito de imagem, entre outras, não é apenas da pessoa física, mas da jurídica também.

Sua empresa é acusada como veículo que possibilitaria que o tricampeão de Roland Garros pagasse o Imposto de Renda com alíquota de 20% ao invés de 27,5% caso este pagamento fosse feito pela pessoa física.

A tribuna ficou dividida e Guga se emocionou ao falar sobre sua relação com Rafael, seu irmão mais velho com quem divide a sociedade. A relatora Patricia da Silva votou a favor do recurso do catarinense e duas conselheiras foram contra. O julgamento foi suspenso por pedido de vista da conselheira Ana Paula Fernandes e retornará somente no final de novembro (entre os dias 21 e 25).

Após a apelação aos conselheiros, Guga foi tietado por eles. Uma conselheira que votou contra, Maria Helena Cotta Cardozo, comenta que o tenista estará sempre nos corações, mas que esta é uma questão tributária que não tem nada a ver com emoção e, assim, as coisas devem ser separadas.