A decepção após a derrota no último domingo (20) para os Estados Unidos, pela final da Liga Mundial de Vôlei, que deixou escapar o décimo título brasileiro do torneio está de longe de ser a grande dor de cabeça de Bernardinho, técnico da seleção. No desembarque com a delegação, o treinador se mostrou preocupado com o futuro do esporte no país, em especial com a formação de novos jogadores.

O treinador da seleção brasileira destacou o incentivo que os jovens atletas americanos recebem a estrutura que, principalmente as universidades, oferecem para garimpar novos talentos. Eles têm uma quantidade de atletas enorme, o vôlei é jogado nas universidades, têm um número fantástico de jogadores, onde eles podem recrutar esses jogadores para a cada quatro anos, estar pensando nos ciclos olímpicos, disse.

A grande questão não é comparar as duas equipes, mas comparar todo um sistema de esportes, de formação de atletas, de alargamento de base, ou seja, tudo que acontece onde eles têm uma vantagem enorme, completou.

Bernardinho aproveitou para comentar o adiamento do decacampeonato brasileiro na Liga Mundial após a derrota na decisão do último domingo. Para o treinador, o final do primeiro set foi decisivo para a vitória dos Estados Unidos, ressaltando ainda a dificuldade dos jogadores em lidar com a pressão exercida pelos adversários em quadra.

Embora eles tenham errado muitos saques, bem mais do que nós, eles nos pressionaram o tempo todo e isso fez com que o nosso sistema ofensivo funcionasse mal, gerando um pouco de insegurança. A derrota no primeiro set também condicionou um pouco, isso foi importante, nos fez perder um pouco o foco e o equilíbrio que deveríamos ter depois do primeiro set, encerrou Bernardinho.

O Brasil se prepara agora para o Campeonato Mundial de Vôlei, que tem início no dia 30 de agosto e ocorre na Polônia.