Uma das maiores escolas esportivas do país, o Minas Tênis Clube é uma agremiação que promove e viabiliza inúmeros esportes. Dentre eles, o vôlei tem seu lugar de destaque, onde o clube é considerado um dos mais tradicionais do Brasil. Com a representatividade e o nome que a equipe tem, sedia o Mundial de Clubes deste ano, ao lado do Sada Cruzeiro, entre os dias 19 e 23 de outubro na cidade de Betim, em Minas Gerais.

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O Minas chega ao Mundial a convite da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), em sua primeira participação na história da competição. Iniciando a caminhada em busca de um título inédito, encara uma das potências do vôlei sul-americano logo na estreia, o UPCN San Juan, da Argentina, que vem disputando as últimas edições do torneio e ‘ficando com a bola na rede’. Os times fazem o segundo jogo do dia inicial do Mundial, nesta terça-feira, 18 de outubro, às 17h.

O treinador minastenista Ney Tambeiro é quem comanda a equipe em sua primeira experiência na maior competição de clubes de vôlei do mundo. Ele analisou as circunstâncias e o cenário que o seu time deve enfrentar, lembrando que no grupo do Minas tem ainda os fortíssimos Trentino, da Itália, Bolívar e UPCN, ambos da Argentina.

Treinamos muito, e agora, com o Bisset e a volta do Flávio, ganhamos um padrão de jogo diferente e mais competitivo. Precisamos botar em prática o que treinamos e temos de manter uma regularidade durante os jogos. Teremos adversários fortes e que vêm de conquistas em seus países. Os jogos serão uma verdadeira guerra. Vamos tentar honrar as tradições do Minas e jogar com muita vontade, determinação e concentrados para tentarmos superar os adversários que virão pela frente”, comentou Ney Tambeiro.

Como citou o treinador, sua equipe terá o retorno de Flávio, que estava se recuperando de um problema na coluna. O central se contundiu depois da semifinal do Campeonato Mineiro contra o Montes Claros Vôlei, ficando de fora da grande final contra o Sada Cruzeiro. Quem também está recuperado e é uma das grandes apostas do clube para o Mundial é o oposto cubano Bisset, que deve estrear com a camisa minastenista. Ele foi contratado para esta temporada, mas um estiramento peitoral sofrido em um treino o impossibilitou de jogar.

Ao lado do Taichung Bank, do Taipé Chinês, o Minas é a equipe mais jovem do torneio, com uma média de idade igual a 23 anos. De um lado, o mais experiente é o ponteiro Samuel Fuchs com 32 anos, e do outro, o central Felipe, com 18 anos completados neste mês, é o mais novo. Com essa mistura de experiência e juventude nas mãos, o treinador Ney Tambeiro tem a missão de fazer uma bela campanha com os minastenistas no Mundial.

Na virada do século, temporadas 1999/2000, 2000/2001 e 2001/2002, o Minas emplacou o primeiro tricampeonato da história da Superliga, levantando o caneco nas três edições. Essa sequência foi quebrada nas duas Superligas seguintes, onde ficou em quinto e em terceiro lugar, respectivamente. Nas temporadas 2004/2005 e 2005/2006, voltou a disputar a final, ficando com o segundo lugar. Na 2006/2007, conquistou seu quarto título, e ficou com o vice-campeonato novamente nas duas edições seguintes. Isso quer dizer que da temporada 1999/2000 até a 2008/2009, o Minas disputou todas as finais da Superliga, com exceção das de 2002/2003 e 2003/ 2004. Dessas sete decisões, foi campeão em quatro delas.

O estado de Minas Gerais é berço de grandes nomes do vôlei e muito disso por conta do Minas. A equipe é a maior vencedora da modalidade no país, com seus nove títulos nacionais. Além dos quatro da Superliga, que passou a ser chamada por esse nome apenas em 1994, os minastenistas conquistaram três vezes a principal liga nacional em 1984, 1985 e 1986. Para fechar a conta dos nove troféus, conquistou a Taça Brasil em 1963 e 1964.

O Minas é o maior vencedor da competição de vôlei do estado, com 20 conquistas, e tem presença registrada na final do estadual desde 1984. No entanto, com a ascensão do Sada Cruzeiro, os minastenistas perderam as últimas sete finais para o rival. Em uma escala continental, registra ainda três títulos no Campeonato Sul-Americano, em 1984, 1985 e 1999, um vice-campeonato do torneio, já mais recente, onde foi superado pelo UPCN em 2013, e um terceiro lugar no ano seguinte.