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Atlético perde-se na defesa do Chelsea

Os espanhóis tiveram as melhores oportunidades, embora foram muito poucas, e receberam da sua própria medicina. A equipa do Mourinho esperou atrás a sua oportunidade, que nunca chegou, e sabendo que a 2ª mão será no seu estádio. Aos 'colchoneros' lhes faltou velocidade para abrir a defensa rival. (Foto: Jaime del Campo | Vavel.com)

Atlético perde-se na defesa do Chelsea
Muralha azul conteve tentativas de ataque madrileno
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Por Miguel G. Robayna

Duass ideias de futebol muito similares encontraram-se esta noite no relvado do Vicente Calderón. Se calhar por isso foi a equipa local que teve de assumir o controlo do jogo. Ou talvez o Chelsea tenha pensado nos 180 minutos da eliminatória, tenando na segunda metade dar o golpe definitivo no seu próprio estádio.

É por isso que durante 75 minutos jogou-se de acordo com o ritmo «blue». José Mourinho colocou um onze de trabalho para levar o Atlético a chocar uma e outra vez contra um muro de camisolas pretas. Sem Hazard e Eto'o, o clube inglês perdia grande parte da sua criatividade e a pressão que o camaronês oferece na saída de bola do rival. Assim, jogou à procura de uma bola parada para marcar um golo que lhe desse a vantagem.

Assim, foi a equipa espanhola que dispôs da posse da bola, mas o sistema defensivo dos «blues» fez com que os colchoneros não conseguissem chegar à baliza, primeiro de Cech e depois do Schwarzer, devido à lesão do checo à passagem do quarto de hora. Passaram o minutos, com o Atlético levando a bola de um lado para a outro sem a velocidade suficiente para quebrar o 5-4 defensivo do Chelsea.

O clube londrino estava assim no seu estado de maior conforto. Ritmo baixo temperado com faltas cirúrgicas. Era a experiência de mil batalhas contra a ilusão de quem começa a reencontrar-se com seu lugar. As 8 meias-finais do Mourinho contra a explosão de um treinador que está a fazer maravilhas com um bom plantel, embora ninguém contasse com este fulgor madrileno do Atleti e de Simeone.

Aí Diego Ribas deveria ter sido o farol que marcaria o caminho do ataque atlético, acompanhado por Koke e Raúl García e à espera da aparição do outro Diego, Costa, para fazer os golos. Mas Terry tinha uma tarefa clara e desde da primeira oportunidade sacou ao avançado brasileiro-espanhol, pelo menos mentalmente, com uma discussão que com outro jogador só seria uma anedota.

Os cruzamentos não encontravam remate, pois Diego Costa e Raúl García estavam perdidos num mar de jogadores «blues». No meio do campo esperava Torres, 'ex-colchonero' de honor, a que chegara o ponta pé com o que fazer dano à moral da bancada local. Porém, o mais destacado nos primeiros 75 minutos foi um disparo de longe de Diego Ribas e que Schwarzer enviou para fora com uma boa defesa.

Foi uma mistura entre a mudança do sistema do Chelsea, mais nas características dos jogadores que na sua filosofia, por causa da lesão de Terry e a aparição de espaços pelo peso dos minutos nas pernas, o que permitiu ver uns quinze minutos finais de muita correria. Nesse final Raúl Gacía mostrou uma das suas melhroes qualidades, o remate de cabeça. Por duas vezes o perigo assomou perto da baliza do Chelsea, as duas com remates do espanhol.

Então o Chelsea voltou a usar a experiência para baixar o ritmo e perder uns minutos, que fizeram com que a eliminatória se vá resolver em Stanford Bridge, onde a equipa do José Mourinho é mais forte. Para os homens de Diego Simeone vai-se uma oportunidade de concretizar já o sonho, abandonado o campo com a sensação de ter sido superior ao rival.