Está confirmada a despedida daquela que será a principal face da dinâmica aliada à táctica nos tempos modernos, com uma carreira inteira de Barcelona que não só permitiu manter a um nível bem elevado a rivalidade histórica com o Real Madrid como contribuir com muitas vitórias que abrilhantam os números dos catalães perante os seus rivais eternos.

A herança será sem dúvida bastante pesada, ou não fosse aclamado pela crítica de forma quase incontestável Xavi como o futebolista mais estratega que alguma vez surgiu no futebol antigo ou moderno, um estatuto obviamente apenas ao alcance dos predestinados, pelo que merece inteiramente sair por cima ao ter conquistado (até ver) o título deste ano em La Liga.

Destino de Xavi será o futebol árabe e uma choruda maquia financeira

Começam a rarear os futebolistas com características de ‘maestro’, e Xavi Hernández encontra-se no expoente máximo ao ter liderado o meio-campo de um sector que por muitos anos se comparou a um grupo de cordas no plano musical composto por ‘violinistas’ que com mérito passaram a figurar na história da modalidade, conquistando a Europa do futebol, a mesma Europa que agora abandona não ainda, e felizmente, pelo final da carreira.

Antes do final, Xavi irá conhecer outra experiência e ajudar a melhorar o panorama de uma região do globo que espera desenvolver-se em prol do Mundial 2022 que terá lugar no Qatar e acima de tudo passará a auferir um principesco salário de muitos milhões de dólares para passar a competir no futebol árabe ao serviço do Al Sadd, que terá o privilégio de contar nas suas fileiras com Xavi, um jogador de sempre, para sempre.

Tendo em conta a carreira e o talento do internacional espanhol, dificilmente se poderia encontrar um palco mais adequado para a despedida do Barcelona do que uma final da Liga dos Campeões a disputar no mítico Olímpico de Berlim, que estará repleto para conhecer o novo campeão europeu de clubes e também despedir-se da cultura de passe e visão de jogo da estrela espanhola.

Diz assim adeus ao Barça um dos símbolos que pontifica já na História

Ao ter dado a conhecer a sua saída, Xavi protagoniza um abandono que não se sente apenas em Barcelona, mas em todo o Mundo do futebol, tendo dado início a uma onda de homenagens à qual me associo, VAVEL se associa pois deve na verdade ser exaltada a excelência da carreira de um jogador que foi capaz de se tornar em bem mais do que isso, tendo com naturalidade passado a figurar como uma imagem de marca do bem-sucedido Barça.

Os números são impressionantes e apontam para 24 anos a vestir a mesma camisola, eternizando o número 6 na História do clube catalão um ano depois de ter sido o capitão Carles Puyol a sair. Esta época a perda é ainda maior, e apesar da menor utilização a intermediária blaugrana vai certamente sentir a sua falta…