O embate clássico de logo definirá quem estará presente na final do Jamor, sendo o primeiro dos três encontros que Benfica e Porto disputarão nesta recta final da época 2013/2014. Depois da meia-final da Taça de Portugal, discutirão a meia da Taça da Liga (a 27 de Abril) e ainda encerrarão juntos o campeonato, já que se encontram na última jornada, no Dragão.

Se para os encarnados estes confrontos podem acalentar o sonho do pleno nacional, uma vez que ainda atacam em todas as provas, para os azuis esta será a possibilidade de salvar uma época de diminuta eficácia, conquistando o par de taças portuguesas. É por isso expectável que Luís Castro apresente o melhor onze possível na Luz, enquanto Jorge Jesus faça uso do seu costume: rodar a equipa.

Benfica sem capitão

O Benfica sobe ao relvado desprovido de capitão, um dos alibis para que Jesus mexa na equipa titular. Luisão ressentiu-se do choque com Sílvio, no jogo da Liga Europa, frente ao AZ Alkmaar, e não deverá figurar na zona central da defensiva encarnada. Este tem sido, aliás, um dos intocáveis para o treinador, que apesar de ter como prática a variação de onzes iniciais de jogo para jogo, tem confiado no brasileiro o papel de patrão do sector mais recuado, tornando-o no atleta com mais minutos nos pés nesta época (3803).

Rúben Amorim também é baixa praticamente certa, em virtude da entorse que contraiu no jogo frente à equipa holandesa. Juntam-se-lhe o sérvio Fejsa e as lesões já anteriormente confirmadas de Oblak e Sílvio. Com as opções mais restritas, é natural que André Almeida e Jardel encontrem espaço no lote inicial, cuja escolha não aflige Jesus. «Temos feito sempre modificações e a equipa correspondido na maior parte dos jogos», declarou o técnico.

As escolhas Jorge Jesus no embate frente ao Porto da primeira mão foram alvo de contestação, uma vez que o treinador decidiu apostar em Cardozo para o ataque da equipa, desfazendo a dupla que tem crescido por esta época no Benfica: Rodrigo-Lima. É esta uma das maiores incógnitas para o encontro, uma vez que Jesus não confirma se volta a dar oportunidade ao paraguaio ou se joga pelo seguro e faz entrar Rodrigo e Lima. Sendo o campeonato prioridade declarada para o colectivo, Jesus pode fazer descansar o ataque mais utilizado, para o próximo embate frente ao Olhanense, jogo que pode marcar o festejo do título encarnado, em caso de vitória.

Porto ao ataque

Para tentar limpar a fraca prestação do Porto na presente época, Luís Castro faz revelar, pela sua lista de convocados, que levará à Luz todos os reforços possíveis para carimbar a passagem ao Jamor. Com a vantagem da vitória na primeira mão, o técnico dos dragões pretende segurar a eliminatória, contando com os regressos de Danilo, Reyes, Herrera e Quaresma. O ataque do Porto deverá apresentar-se em máxima força, com Jackson, Varela, Quaresma, Ghilas e Licá, entre os convocados. Contrariamente, e por opção técnica, Lu Abdoulaye, Kelvin e Vítor Garcia, não viajaram para a capital.

Rivais unânimes quanto a Proença

Pedro Proença foi o árbitro escolhido para apitar o encontro, decisão que não deixa confortáveis visitados e visitantes. Na memória encarnada, estão os clássicos dirigidos pelo árbitro nas duas últimas épocas, onde o Porto saiu duplamente vitorioso e os lisboetas se indagaram contra o trabalho do juíz. Mas, esta época, também a equipa da Invicta contestou o jogo dirigido por Proença em Alvalade, com vitória do Sporting. E depois de nova nomeação do árbitro para ajuizar um jogo do Porto, suspeita-se que esta será a principal razão do silêncio de Luís Castro, que escolheu não prestar as habituais declarações de antevisão.

Benfica e Porto jogam, a partir de hoje, «à melhor de três», num trio de encontros que definirá a época dos dois emblemas. Este será o único dos embates jogados na Luz, o que poderá dificultar o saldo da equipa de Jesus no total dos jogos frente ao rival. Ainda assim, também a sua casa o poderá trair, já que o Porto é responsável por 3 das 8 derrotas que o treinador sofreu na sua catedral.

Onzes Prováveis