A equipa comandada por Nuno Espírito Santo tem tido prestações aceitáveis na Liga Zon Sagres, sempre oscilantes, melhores num ano, piores noutro. Se há duas épocas vimos uma equipa muito próxima de descer de divisão, na época passada existiu outro Rio Ave, uma equipa que lutou e conquistou meritoriamente o sexto lugar, ficando à frente do Sporting. Esta época, os vilacondenses encontram-se um pouco mais abaixo na tabela, mas ainda assim, seguros. Contudo, o percurso efectuado nas outras competições portuguesas é definitivamente invejável.

Taça de Portugal: A Liga Europa está ao virar da esquina

Pelo segundo ano consecutivo, o Benfica de Jorge Jesus, está na final do Jamor. No entanto, a história do ano passado não foi favorável ao conjunto encarnado e esse fator pode servir como uma motivação extra ao Rio Ave, que chega a uma final da Taça de Portugal após ter deixado para trás equipas como a Académica, e mais recentemente, o SC Braga.

O conjunto de Nuno Espírito Santo tem realizado um percurso absolutamente invejável nesta competição, e o 2-0 alcançado em Vila do Conde é um espelho perfeito disso. No dia 18 de Maio, os jogadores do Rio Ave têm portanto, aquele que pode ser apelidado como «o jogo das suas vidas». No ano passado, a Liga Europa por pouco não foi um objectivo consumado. No entanto, parece que à segunda foi de vez. Com a vitória na meia-final e presença garantida no Jamor, a equipa alcança o acesso à Liga Europa, um feito inédito na história do clube, e concerteza, um factor de imenso rejúbilo para todos os que vivem em Vila do Conde.

Taça da Liga: SC Braga, o prato favorito

Depois de sucessivas épocas brilhantes e de evidente crescimento na Liga e na Europa, o SC Braga pareceu este ano perder um pouco a chama. O campeonato não corre de feição, e o play-off da Liga Europa, apesar de possível, parece um pouco distante e dependente de um “escorregão” do Nacional.

Constata-se que, também nas Taças, a equipa agora orientada por Jorge Paixão, não tem conhecido dias famosos. E se assim o é, muita dessa culpa pode ser atribuída ao Rio Ave que para além de ter “atirado” os minhotos para fora da Taça de Portugal, logrou fazer exatamente o mesmo na Taça da Liga, vencendo por 2-1 nas meias-finais. O Rio-Ave afigura-se assim, um adversário difícil, que tem nos pés de 11 jogadores a possibilidade de fazer história em mais uma competição que nunca havia vencido. Aguarda-se ainda um adversário, que virá, mais uma vez, do confronto entre Benfica e FCPorto.

O que reserva o destino a esta equipa de guerreiros liderada por Nuno Espírito Santo? Aguardemos pela emoção das finais que pouco a pouco se aproximam, e veremos, se o Rio Ave faz história pela segunda vez esta época e vence as finais que lhe restam. O trabalho do ex-guarda-redes do FCPorto ao comando dos vilacondenses tem sido positivo, e o culminar do seu trabalho encontra-se aqui, num projecto sólido e que cada vez mais rotinado, vai atingindo novos feitos, seja no campeonato, ou, como é caso deste ano, nas Taças. O Rio Ave volta a uma final da Taça de Portugal, a segunda do seu historial: em 1984, diante do Porto, o clube vilacondense chegara pela primeira vez à decisão da competição, acabando por perder.

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