Fredy Montero chegou, viu e venceu no futebol Português. Vindo do Seattle Sounders o Colombiano chegou a Portugal sem nunca ter jogado ao mais alto nível mas cedo mostrou muita qualidade técnica, inteligência posicional e ate veia goleadora, marcando 13 golos até Fevereiro.

A falta de golos e o efeito Slimani

Depois de alguns jogos sem fazer golos Leonardo Jardim começou a ensaiar um esquema de 2 avançados, na parte final das partidas mais complicadas de desbloquear, com Montero nas costas de Slimani, aproveitando a presença física do Argelino e a qualidade técnica e de passe de Montero. No entanto Fredy continuou com a pontaria desafinada e em caminho oposto o colega Slimani começou a carburar, chamando a si todas as atenções e ganhando o lugar.

Enquanto Slimani desbloqueava Clássicos (recorde-se o 1-0 frente ao FC Porto), Montero passava por um jejum que se arrastava indefinidamente. A última vez que Montero marcou remonta ao mês de Dezembro de 2013, quando, em Barcelos, Montero bisou na vitória do Leão. Não mais «el avioncito» voltou a voar alto, pelo menos no cômputo da finalização (já que seus esforços em termos de jogo colectivo foram sempre apurados).

A hipótese 4-2-3-1

Já no início desta época muito se falou da inclusão de Montero no 11 nao como avançado mas como número 10, um terceiro médio de características muito mais ofensivas que levasse o jogo ofensivo dos leões para outro nível, aparecendo mais no último passe e na área do que André Martins, muito criticado em Alvalade e ligado a falta de golos do início da época.

Mudando o esquema de médios do Sporting para um 2-1 com Adrien e William mais defensivos e na primeira fase de construção em vez do tradicional 1-2, parecia obvia a inclusão de «el avioncito» no 11 nesse lugar, uma vez que ja mostrou capacidade de jogar nas costas de um homem mais posicional como é Slimani.

João Mário ultrapassa pela direita

Para espanto dos mais distraídos, quem apareceu a dizer presente na altura de "revolucionar" o meio campo dos leões foi João Mario e não Montero. O médio da formação fez uma segunda metade de época excelente no Vitória de Setúbal e parece ter acrescentado ao seu jogo a intensidade, regularidade e agressividade que lhe faltavam.

Ditando o ritmo de jogo, aparecendo no último passe e transportando a bola João Mário entrou muito bem em Maribor ao intervalo e foi essencial na goleada frente ao Gil Vicente, com duas assistências e uma exibição de encher o olho, subindo a produção ofensiva do Sporting para outro nível.

Hoje em Alvalade frente ao Porto não será um jogo semelhante quer ao Maribor quer ao Gil Vicente, com o Sporting a encontrar um adversário mais forte e que obrigará os leões a mais cuidados defensivos. Mais um teste aos leões e ao novo timoneiro João Mário